Feira do Livro - ESTUDANTES E PÚBLICO TROCAM EXPERIÊNCIAS PEDAGÓGICAS NA FEIRA DO LIVRO



O estande da Secretaria de Estado de Educação (Sedu) na XXI Feira Pan-Amazônica do Livro, no Hangar, funcionou na manhã desta segunda-feira(29) como ponto de encontro entre a pesquisa e estudos de alunos da rede pública estadual e o público frequentador do evento cultural, promovido pelo Governo do Estado. Estudantes da Escola Estadual de Ensino Técnico Albertina Leitão, de Santa Izabel do Pára, chegaram cedo à Feira em três ônibus. No estande da Seduc, os estudantes e professores, ao lado da diretora Elzanira Silva, apresentaram ao público projetos pedagógicos desenvolvidos na unidade de ensino.
Uma dessas ações é o Projeto Geometria Plana e Espacial e Analítica para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). Sob a coordenação do professor Ray Fran Pires, oito estudantes criaram um software para facilitar a aprendizagem sobre essa temática a alunos da escola. Dois dos idealizadores do programa de computador e também beneficiados com o projeto, de vez que farão Enem este ano, os estudantes Felipe Sousa e Luivam Willens Souza expuseram ao público detalhes sobre a iniciativa. “O programa resolve questões sobre área e volume e fornece as fórmulas empregadas na resolução do que se pede”, destacou Luivam.

“O software é recente, tem apenas dois meses de funcionamento, afirmou Felipe Sousa. “Agora, vamos partir para outros programas relacionados à Física, Agropecuária e Meio Ambiente”, observou o professor Ray Fran Pires.

Alimentos

Uma vez por semana, a Escola Albertina Leitão recebe uma mostra do que se é produzido em pesquisa por parte de estudantes e professores nos cursos técnicos de Meio Ambiente e Agropecuária. É projeto Quintas Sustentáveis, reunindo os professores Diego da Hora Souto (Agropecuária) e Luciana Otoni de Souza (Meio Ambiente). A professora Luciana Otoni reuniu um grupo de alunos para expor sobre o processo de desertificação em áreas do País, em particular, na Amazônia. “Abordamos solos empobrecidos por vários fatores, como o uso inadequado de agrotóxicos na agricultura”, afirmou a docente.

O público também pôde degustar da farinha de pupunha e da semente da abóbora e derivados, como doces e patês. A ação faz parte do projeto sobre agropecuária coordenado pelo professor Diego Souto. “Essas são novas opções de alimentos a partir da pupunha e abóbora e é uma pesquisa muito interessante, porque, entre outros aspetos, as pessoas têm aprovado os produtos”, declarou a estudante Vanessa Espinosa, 26 anos, do curso técnico de Agropecuária, ao lado do professor Diego Souto. “Eu gostei do sabor de todos”, afirmou a professora de História lucielma Lobato, que atua no município de Abaetetuba, em visita ao estande.

Xadrez

O xadrez escolar foi outra atração no estande da Seduc. Tabuleiros desse jogo ancestral foram colocados à disposição do público. Eu gosto muito desse esporte, porque ele estimula a gente a montar estratégias para vencer o oponente e são estratégias que nos fazem pensar nos problemas do dia a dia”, afirmou o estudante Renan Matheus Viana, 13 anos, do 9º ano do Ensino Fundamental da Escola São Pio X, de Capanema. Ele e outros estudantes do grupo da escola em visita à Feira do Livro aproveitaram para jogar partidas de xadrez no estande.
A programação de xadrez escolar na Feira do Livro foi coordenada pelo professor Mário Cardoso. “O xadrez incentiva a concentração, a atenção dos estudantes. Eu noto que os estudantes que praticam o xadrez ganham muito em disciplina, assimilam o respeito às regras e outros benefícios proporcionados por esse jogo”, afirmou o professor Mário. Ele destacou que o xadrez tem proximidade à leitura, porque incentiva, inclusive, crianças a partir de 6 anos de idade, jovens e adultos a pesquisarem sobre a história do jogo, cuja origem é polêmica, mas se mantém muito praticado no mundo todo.

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