Capanema 106 Anos Patrimônio de Todos Nós
Crônica da Atualidade – Por Paulo Vasconcellos
Capanema 106 Anos Patrimônio de Todos Nós
Os idos ficaram para trás, mas a
história é contada na atualidade, contemplando os que aqui estão, pois quem
conta histórias refresca memórias e sendo assim, estarei discorrendo um texto
que retrata algo interessante sobre a Capanema de outrora com o que se tem na
atualidade.
Como há complexidade nos
registros primitivos da história de Capanema nos anais de alguns órgãos, em
tese, vou mensurar alguns fatos que são do meu conhecimento e de muitas outras
pessoas que se debruçam sobre os apontamentos.
A Capanema que conheço está
marcada no mapa do Estado do Pará, cidade conceituada e aprazível por sua
peculiaridade, considerada singular, entretanto, quem escreve ou disserta usa a
criatividade em construção coletiva. Por esta razão, vultos figuram como
esteios que pluralizam termos substanciais que molduram tudo o que for
chancelado sobre os pontos principais do que consiste em harmonia conjuntural
moldada de encantos.
Registra-se que a colonização
passou a figurar como instrumento primordial para o desenvolvimento de
Capanema, cidade que nasceu sob a ótica dos nordestinos que emanaram com suas
tropas formadas por agricultores em sua maioria, além dos moradores do sertão
que fugiam da seca e da miséria. Todavia, contar em detalhes essa história,
talvez seja tarefa não muito fácil, mas posso continuar sintetizando sem
rodeios o que Capanema representa para a Região Nordeste do Estado, agora
dividida em Sub-Região dos Caetés que de certa forma ocultou a antiga
nomenclatura de Zona Bragantina.
Ainda nos idos passados, somar
dividendos oriundos da colonização, permeava-se o rastro progressista fincado
no “coração” do Município cortado pela Estrada de Ferro de Bragança-EFB, uma
das fontes responsáveis pela evolução habitacional que então começou a formar
cadeia produtiva tendo a agricultura como foco de incremento ao subsídio
fortalecendo a economia centralizada na comercialização de variados produtos
que se introduziram no mercado.
A evolução tão esperada também
começou a aparecer com a povoação e a implantação de ruas, travessas,
passagens, alamedas, becos, ruelas e caminhos, mostram o retrato da civilização
que faz o agrupamento de conquistas que hoje a modernidade se encarrega de
referendar.
Volta e meia faço flutuantes
neste texto para que sua leitura não seja cansativa, tudo porque a
simplificação recomenda que sejamos criativos e usemos essa prerrogativa como
argumentação. Portanto, considero conveniente usar parâmetros que reflitam na
memória de quem conhece Capanema e também aos que tem interesse em se
aprofundar no conteúdo que representa o aspecto histórico. É formidável para
mim, falar ou escrever sobre Capanema que desde 1910, mais precisamente no dia
5 de novembro daquele ano, passou à categoria de cidade, depois de algumas
mudanças.
Entre tantos vai e vêm, Capanema
fora chamada Siqueira Campos e Quatipuru, sendo que na briga política que
existia entre os primos Leandro e Cézar pinheiro, uma das disputas maiores era
a da escolha da sede do munícipio. Os dois políticos, além de rivais, quando detentores
do poder, nunca deixaram as adversidades de lado: Leandro no comando da
política, a sede do Município era Capanema, entretanto, quando Cezar saia
vitorioso, pegava todos os apetrechos acompanhados de documentos e transferia a
sede do Município para a então Vila de Mirasselvas. Esses acontecimentos
confundiam os moradores, mas àquela época, até as brigas de braços eram
sinônimos de adversidades, pois o poder se constituía na grande cobiça de dois
políticos individualistas.
Daí em diante, com a
consolidação da emancipação política e conquista dos direitos administrativos,
Capanema começou a despontar como polo da Região, crescendo sua produção com a
instalação de uma fábrica de cimento, cujos direitos econômicos pertenciam a
razão social que se chamava Pires Carneiro, que depois de incrementar a
fabricação do cimento, teve como arrendatário o Grupo João Santos, proprietário
da Cibrasa, empresa que existe há mais de 50 anos em Capanema. Contadas essas
nuances sobre parte da história do Município e da Cidade de Capanema, somam-se
o progresso com o desenvolvimento que formam o conjunto da obra, particularizando
incontestáveis vultos que deixaram seus nomes grafados na história escrita por
muita gente, mas infelizmente, sem estrutura capaz de sustentar o equilíbrio
mensurado de razões de vontade, contudo, paginar escritos e ilustrações
configura-se em materialização composta de informes ricos em detalhes.
Por fim, espero que os entes
governamentais se interessem em dar continuidade à rica história para que não
seja apagada da memória, uma vez que o tempo continua passando e se faz
necessário o patenteamento de um patrimônio que tem valor incalculável e merece
ser conduzido com zelo, amor, dedicação, compromisso e responsabilidade social.
Somados esses por menores, seguramente o resultado nos deixará conscientes de
que valeu a pena se plantar e valerá muito mais se colher. Nunca devemos
desistir de empunhar nossa Bandeira que tem cores fortes e representativas de
um torrão que se chama Capanema-Pará-Amazônia-Brasil. (PV)
Em Tempo: Apresento esta retórica aos políticos:
Chico Neto e Claudionor Moreira, que vão ser empossados nos cargos de Prefeito
e Vice-Prefeito de Capanema, dia 1 de janeiro de 2017
Edição e Digitação: Dinho Aguiar
Fotos: Gileade Oliveira e Anna Paula Santos
**Artigo publicado na ED 528 do Jornal de Capanema
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