O contra-ataque de Aíla
Cantora paraense lança amanhã novo CD, com letras que falam sobre temas fortes, como racismo, feminismo e a vida urbana
Música engajada com versos contundentes em uma de mistura de pop, eletrônico, punk e lambada são a forma que a cantora paraense Aíla encontrou para fazer seu contra-ataque ao que considera retrocessos. Em seu novo álbum intitulado “Em cada verso um contra-ataque” a cantora se lança em composições autorais e parcerias falando sobre temas atuais como racismo, feminismo, direitos LGBT e o ritmo frenético da vida urbana. O álbum foi disponibilizado na terça-feira, 10, para ser baixado gratuitamente pela internet por meio do programa Natura Musical (www.naturamusical.com.br). O show de lançamento será realizado amanhã, 12, em Belém, na Estação Gasômetro, às 20 horas. “A minha intenção maior era fazer um disco muito direto e que tivesse apelo, não fosse algo engessado. Acho que a gente conseguiu caminhar para esse lado”, avalia Aíla.
Sem medo de mostrar sua face mais militante, Aíla difere das canções do primeiro CD “Trelelê”, de 2012, que focavam mais em temas como o amor, com ritmo dançante. O novo álbum contou com a produção de Lucas Santtana e figurino do artista plástico Vitor Nunes. A estética visual do encarte também tentou unir arte à política. Na capa do álbum, a cantora usa uma máscara feita por Vitor com cacos de vidro, fios e pregos para representar o urbano.
Aíla, que nasceu no bairro da Terra Firme, conta que sempre esteve envolvida com as questões sociais e políticas. “Nesse novo trabalho isso veio de maneira mais nítida, várias coisas começaram a florescer e a aparecer na minha vida. Comecei a ouvir muito punk e rock, a misturar minhas referências. Neste há muito diálogo com o punk. A poética traz essas questões do agora, sentia que quanto mais conseguisse alinhar a arte com política no sentido de direito de liberdade e do amor seria um disco político”, revela.
Edição: Roberto Lisboa
Fonte: O Liberal/Magazine
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