Exposição vai às origens da fotografia
Uma viagem no tempo às origens da fotografia, é o que o Centro Cultural da Justiça Eleitoral do Pará (CCJEP) e o Foto Cine Clube Grão Pará estão propiciando ao público com a I Expocinecâmeras: “Máquina do Tempo - Memórias Analógicas”, que está aberta à visitação das 8h às 15h, de segunda a sexta, até o dia 29 de janeiro. A mostra reúne câmeras fotográficas de várias épocas.
“Estamos expondo 60 modelos de câmeras diferentes, além do histórico de cada uma”, explica Marcelo Vieira, presidente do Cine Clube Grão-Pará. Seguindo o percurso da câmera fotográfica desde que foi criada em 1839 pelo francês Louis Jacques Deguerre, a I Expocinecâmeras cobre o avanço tecnológico das câmeras ao longo do tempo, desde os grandes formatos até o full frame de hoje. Paralelamente, a exposição é acompanhada por oficinas sobre fotografia e, às sexta-feiras, oferece visitação monitorada, que fornecerá informações detalhadas sobre cada modelo de câmera da exposição.
A I Expocinecâmeras se propõe a revelar aos leigos aspectos curiosos da história da fotografia, além de valer como uma sessão nostalgia para os profissionais da área. Essa história, que remonta a tempos muito antigos, conta que as origens da fotografia se esboça nas experiências de químicos e alquimistas, e que na antiga Grécia já era conhecido o fenômeno da produção de imagens pela passagem de luz através de um pequeno orifício, e muitas outras curiosidades do primórdio da invenção da câmera. Mas essas imagens não eram gravadas.
Muito tempo se passou até que, em 1604, o físico e químico italiano Ângelo Sala estudou o escurecimento de alguns compostos de prata pela exposição à luz do sol. Até então, se conhecia o processo de escurecimento e de formação de imagens efêmeras sobre uma película dos referidos sais, mas havia o problema da interrupção do processo. Isso durou até 1725, quando Johann Henrich Schulze, professor de medicina na Universidade de Aldorf, na Alemanha, conseguiu uma projeção e uma imagem com uma duração de tempo maior.
As tentativa de obter uma imagem permanente prosseguiram. E Thomas Wedgwood, já no século XIX, colocou expostos à luz do sol algumas folhas de árvores e asas de insetos sobre papel e couro branco sensibilizados com prata. Conseguiu silhuetas em negativo e tentou de diversas maneiras torná-las permanentes. Porém, não tinha como interromper o processo, e a luz continuava a enegrecer as imagens.
A primeira fotografia conseguida no mundo foi tirada no verão de 1826, da janela da casa do pesquisador francês Joseph-Nicéphore Niépce, e está preservada até hoje. A descoberta se deu quando o Niepce pesquisava um método automático para copiar desenho e traço nas pedras de litografia. Niepce e Louis-Jacques Mandé Daguerre iniciaram suas pesquisas ao mesmo tempo, em 1829. E dez anos depois foi lançado o processo chamado daguerreótipo, que deu origem às máquinas fotográficas modernas.
“Nosso objetivo é mostrar a história da fotografia através das próprias lentes que registraram momentos importantes da humanidade”, declara Marcelo Vieira, organizador da I Expocinecâmeras: “Máquina do Tempo - Memórias Analógicas”
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