Redução da maioridade penal gera reboliço no país





P de ponto, V de vista  -  Por Paulo Vasconcellos 




Em meio a crise econômica que o Brasil está passando, bem que o Congresso Nacional poderia debater esse assunto na tentativa de serem encontradas soluções, no entanto, discutir a redução da maioridade penal está sendo priorizado, provocando reações da população que começa a se manifestar nas ruas das cidades, muitos favoráveis e poucos que não aceitam o prosseguimento do questionamento.
Ontem a noite, nas ruas da cidade de São Paulo, de acordo com registros feitos por Nilson Mesquita, enviado especial do Jornal de Capanema a capital paulista, mais de 5 mil manifestantes tomaram os espaços para chamarem a atenção das autoridades.  Respeitam-se as opiniões, mas o Brasil precisa de direcionamento referente as reformas que estão estacionadas nas gavetas dos congressistas, algumas delas em andamento somando dias e não se tem resolução imediata. Não há cadeia para guardar os milhões de presos que cumprem penas; quanto mais, superlotarem essas penitenciárias com menores que poderiam estar recebendo instruções educativas. É claro que são reservadas as proporções, contudo, os estados estão cada vez mais com números reduzidos de escolas profissionalizantes, fator que tem contributo para que aumentem os infratores, recaindo sobre os jovens desocupados, a responsabilidade sobre atos que eles chegarem a cometer. No Brasil, se fala tanto em educação de qualidade, entretanto, abrem-se portas de cadeias, porque acham que as escolas existentes são suficientes para qualificar os jovens, e por ironia o slogan do governo é “Pátria Educadora”.
Valha-nos Deus, pois, na minha opinião, condenar menores infratores causará cadeias abarrotadas de delinquentes, quando na realidade deveriam ser desenvolvidos programas voltados para que a justiça se faça, mas o bom senso tem que prevalecer e os debates sejam ampliados nas casas legislativas para que não ocorram reações desconfortáveis.
Quem é a favor tem que ter seu ponto de vista respeitado e aqueles que protestam contra a aprovação da maioridade penal, também tem suas razões e sendo assim, percebe-se que a queda de braço começa a se definir em números favoráveis, pois 87% da população é a favor  da redução. Estou incluído nos 13% que ainda resistem e se for vencido pelos números, darei a mão a palmatória, pois a democracia é o equilíbrio de tudo. 



Que a justiça seja feita  e se a vontade da maioria prevalecer, que o governo comece a construir penitenciárias de segurança máxima, uma vez que a tendência é aumentar a população carcerária.

Que Deus seja louvado.