Capanemenses querem ganhar a UFNORPA

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P de ponto, V de vista  –  Por Paulo Vasconcellos
 
Desde o ano de 2012 que o assunto criação da Universidade do Nordeste do Pará – UFNORPA passou a ser discutido por causa da divulgação de notícias que possibilitavam a instalação dessa instituição em solo capanemense, todavia, outras notícias provocaram reações desmotivadoras como um balde de água fria jogado na fervura. Começou uma disputa entre os municípios de Capanema e Bragança, devido a afirmação feita pelo senador paraense Flexa Ribeiro que em um momento afirmava ser Capanema a sede da universidade, sendo que em outro, ele mudou de ideia e passou para Bragança.
As opiniões foram se multiplicando, tendo os bragantinos formado frentes envolvendo várias camadas sociais na tentativa de conquistar a UFNORPA, enquanto que os capanemenses faziam cálculos para saberem se havia estrutura capaz de suportar o peso de uma unidade dessa envergadura, principalmente porque até então, existia somente o prédio do Campus da UFPA, uma vez que a UFRA ainda estava em projeto. O tempo foi passando e o projeto da UFNORPA saiu de cena por o MEC ter “batido o martelo” para a não instalação, fato que entristeceu muita gente.
O assunto voltou a fazer parte de muitos noticiários e segundo o que é propagado, os bragantinos largaram na frente realizado mobilizações, formando comissões compartilhadas por várias entidades em associação com a sociedade civil, siglas partidárias, políticos e a classe estudantil. Fato que provocou reação por parte dos capanemenses que começaram a se mexer para também formarem grupos em busca de conquistarem a preferência do Governo Federal para que a sigla da universidade seja UFNORPA com identidade capanemense e não UFNEPA com naturalidade bragantina. É claro que ninguém está querendo rivalidade com nossos irmãos bragantinos, mas como Capanema conta com os campus da UFPA e da UFRA, isto pode favorecer para a instalação da instituição por aqui.
O assunto é importante, interessante, necessário de ser debatido e pode ser abraçado por todas as esferas sociais, incluindo a classe política representada pelos poderes Executivo e Legislativo. É o momento de o assunto entrar na pauta das discursões coletivas, deixando-se de lado as divergências políticas/partidárias, pois só assim poderemos aumentar nossas chances. Se o Governo Federal decidir por dar a Bragança a sede da UFNEPA, paciência, mas seguramente os capanemenses vão esbravejar, por perderem a chance de receberem uma grande benfeitoria para o ensino superior, porém, a incessante luta é válida para que sejamos concorrentes natos, amparados pelo direito constitucional de reivindicarmos com pacificidade.
Queremos a UFNORPA como também queremos a UEPA para que o futuro da juventude, por exemplo, seja garantido e todos tenham oportunidades de se qualificarem em seu próprio território não precisando percorrer centenas de quilômetros a procura de graduação. Vamos empunhar a bandeira da união e esperarmos o andamento de tudo o que está planejado, torcendo para que a UFNORPA seja estabelecida em Capanema, mas se Bragança vencer o desafio, mãos a palmatória.