A tradição do carimbó
“Se tem metal não é carimbó”, define Chico Braga, mestre do carimbó pau e corda e lenda da ilha de Maiandeua. O folclórico nativo é um dos homenageados pelo documentário curta metragem “Mestres Praianos do Carimbó de Maiandeua”, obra que mostra as peculiaridades do ritmo que um dos principais símbolos da cultura paraense sofreu nas praias de Algodoal, Camboinha e Fortalezinha. O documentário, com direção de Artur Dutra, será exibido em primeira mão hoje, em Algodoal, e amanhã, em Fortalezinha - e antes de julho ganhará uma exibição na capital paraense.
A idealização do documentário “Mestres Praianos do Carimbó de Maiandeua” se deu em 2013, quando o projeto foi inscrito e posteriormente aprovado no edital de apoio para curta afirmativo do Ministério da Cultura. Com a verba liberada em 2014, a equipe, dirigida por Artur Dutra, começou a pré-produção do documentário em curta metragem, elegendo mais um tema popular para documentar. “Já tínhamos feito filmes cujos temas estavam na cultura popular. Filmamos terreiros de tambor de Mina em Cotijuba, o Festrimbó de Santarém Novo”, explicou Artur.
A escolha pelo carimbó de Maiandeua se deu pelas particularidades que o ritmo tem na ilha - além do fato de lá ser um dos principais balneários do Pará. “O carimbó de Maiandeua é tradicional, pau e corda, e acaba sendo, para nós de Belém, uma gramde referência por ser um balneário bastante frequentado. Lá tivemos contatos com mestres como Chico Braga, Zezinho, Camaleoa, Menezes e outros. E lá é feito um carimbó de primeira, com letras muito bonitas, que falam da natureza exuberante e o cotidiano do local”, explicou o diretor.
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