Dois brasileiros venceram
Apesar de O Sal da Terra, codirigido pelo brasileiro Juliano Ribeiro Salgado, ter sido derrotado na categoria de melhor documentário do Oscar, dois representantes do País estão entre os vencedores. Vivian Aguiar-Buff e Antonio Andrade fazem parte da equipe da trilha sonora de Operação Big Hero, que faturou a estatueta de melhor animação.
“Indiretamente, fui vencedora. Foi demais”, comemora Vivian. “Eu estava torcendo para dois, pois Capitão América 2: O Soldado Invernal também concorreu na categoria efeitos especiais, mas perdeu. Havia um grupo de pessoas aqui em casa assistindo e ficaram me consolando, dizendo que só de ter sido indicado já era ótimo.”
Em Operação Big Hero, Vivian trabalhou como engenheira de som. “É um função ligada à composição e muito segmentada, ainda não existe por aqui. Nesse filme, fiz mais a produção de instrumentos, ali tem a minha marca estampada. A cada vez que o robô Baymax aparece, fui que produzi aqueles sons”, explica.
Não é a primeira vez que a paulistana participa de um longa indicado ao Oscar. Ela também deu expediente em Capitão Phillips, estrelado por Tom Hanks, que concorreu no ano passado em seis categorias. Apesar de não ter feito parte do time oficial, Vivian Aguiar-Buff viu de perto o trabalho de seu colega Hans Zimmer em Interestelar, um dos longas na disputa de melhor trilha original este ano. Até o final de 2014, a musicista trabalhou no estúdio do artista, em Los Angeles. “Acompanhei tudo, pois estava sendo feito ali”, relembra ela, que atuou como assistente de Henry Jackman, responsável por trilhas de filmes como Gato de Botas e X-Men: Primeira Classe.
De volta ao Brasil após cinco anos vivendo nos Estados Unidos, Vivian acaba de abrir seu estúdio próprio em São Paulo. “Quero trabalhar com produções nacionais. Ainda mais agora que há mais séries na TV. Vi que em Felizes para Sempre? e O Canto da Sereia há muita trilha incidental. Até mesmo na novela Império”, analisa.
Ainda este semestre, Vivian aparecerá nos créditos da trilha de Kingsman: Serviço Secreto, estrelado por Colin Firth. A artista, de 33 anos, vai assinar ainda a trilha do longa norte-americano Worthy dirigido pela escocesa Marianna Palka. “O filme é sobre uma atriz filha de uma famoso pintora, que vive frustrada por não conseguir entrar para o mercado de cinema em Los Angeles.”
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