Sutis palavras do poeta
Prosa Inspiradora
O vento sopra
Eu faço prosa
Ouço o canto da curupira
Degusto uma posta de pirarucu
Debaixo do pé de amora
Sinto o aroma das flores do campo
Qual um velho tirano
Que não sai da sua rotina
Queria viajar até Roma
A capital do Amor
Prefiro deitar-me na relva
E levar adiante meu projeto
Sou um ser de bastante sorte
O resto eu corro atrás
Procuro não sair da rota
Quero ser o ator principal
O aro encaixa na medida certa
Ora bolas!
O assado provoca agradável odor
Pego o rodo pra limpar o chão
Escrevo sem a exatidão da rima
Minha mira é a precisão do verso
Sou mero expectador
Do canoeiro com o remo nas mãos
Que lava o rosto na água do rio
A ele dou meu aval
O vento sopra e continua a me inspirar
Aqui termina minha prosa.
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