O Carimbó Pai D´égua do Brasil
Na primeiro semestre deste ano
, meu poema intitulado Carimbó do Pará
foi publicado na coletânea nacional que faz parte do projeto Palavra é
Arte, onde antecipo a conquista do ritmo como Patrimônio Cultural do Brasil e
no dia 11 de setembro o IPHAN confirmou tal conquista. Minha homenagem ao
Carimbó.
Carimbó
do Pará
O dançarino se agacha fazendo
corrupios
De braços abertos, caminho
vazio
Na ponta da camisa estampada
O nó tradicional
A moça de saia rodada e o passo
original
Uma dança cadenciada
Que a gente dança só
De um lado para o outro
O ritmo é contagiante
As rimas permeiam os versos
O linguajar caboclo enriquece a
toada
Tem até canto soletrado
O tambor na marcação
Os rodopios sincronizados
Dança a moça bonita
Dança o rapaz ao seu lado
Gente de todas as idades
A mamãe, o vovô e a vovó
Dançando e fazendo gingado
Misturando baião com xaxado
O calypso e o tecnobrega
Tocados até em uma nota só
Esse é o Pará do carimbó
De povo varonil
Patrimônio cultural do Brasil.
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