Fora da Copa: O desastre que poderia ter sido evitado - Por Paulo Vasconcellos




O fiasco da Copa  -  Quem diria que o Brasil sofreria uma humilhação dentro de casa e ainda por cima, perdendo a chance de decidir o mundial. Agora é juntar os cacos e aprender como se forma um time competitivo. Não fiquei nervoso depois da goleada, mas sim, decepcionado com o futebol não mostrado por nossa Seleção.

Felipão sem palavras -  Ele assumiu a culpa pela derrota usando adjetivos fáceis de serem entendidos, mas lhe faltou ousadia para dar “cara” ao time que representa uma nação de 200 milhões de torcedores. Como bem diz o narrador Sílvio Luís: “Pelo o amor dos meus filhinhos, o que vou dizer lá em casa?”.

Falta de sangue  -  No futebol, quem não toma atitudes sofre consequências e o desastre de ontem deve ter “assustado” o saudoso goleiro Barbosa, vítima do Maracanaço em 1950 na derrota para o Uruguai. A frustração maior para nós brasileiros foi a apatia dos nossos jogadores que não reagiram, deixando os alemães passearem em campo.

Teimosia  -  Felipão mexeu na estrutura do time e deixou despovoado o meio de campo, facilitado as coisas para a Alemanha que nem precisou jogar o que sabe para nocautear a seleção brasileira.

Conta de mentiroso  -  Fiz tantas analogias com o número 7 e o fim do sonho de ir a final da Copa, caiu por terra, justamente com o placar adverso para o Brasil que sucumbiu diante mais de 60 mil torcedores no estádio e milhões espalhados pelo então pais do futebol.

Surdo e mudo  -  A CBF investiu muito dinheiro para contratar o auxiliar de Felipão, o tetracampeão Carlos Alberto Parreira que não esboçava qualquer reação, usando apenas seu gesto característico: Apoiar o queixo com dois dedos e pensar ...

Substituto  -  Desde a contusão de Neymar foi feita a corrente e até bolsas de apostas para se saber quem seria o homem escolhido por Felipão  para substituir o craque e isso só foi decidido momentos antes do jogo com a Alemanha. O teimoso Felipão mexeu em toda a estrutura do meio campo. Sacando Paulinho do time, efetivado Bernard e provocando desarrumação total na seleção pentacampeã.
Alternativa  -  Para enfrentar a Alemanha bastava escalar Dante no lugar de Tiago e Luís Gustavo na vaga deixada por Neymar. Se isso tivesse acontecido, poderíamos até ter perdido o jogo, mas seria de forma honrosa e não desastrosa.

Fred e Hulk-  Posso classificar esses atacantes como a dupla do silêncio, por eles  não terem feito nada na copa, nem perturbado seus adversários, na tentativa de marcarem gols para o Brasil. Isto é incrível.

Bobeou dançou  -  Até quem é leigo em tática e futebol, sabe que o posicionamento de um zagueiro é fundamental para o comportamento da defesa. No jogo de ontem, David Luís, foi traído pelo terreno e pelo destino, pois ao jogar pelo lado direito, esqueceu que o segundo pau é mortal para o atacante que vem de frente pro gol. Falhas capitais de posicionamento que redundaram na goleada “hexagerada” sofrida no Mineirão.

Lições  -  Novas cartilhas precisam ser impressas e distribuídas aos integrantes da comissão técnica da seleção brasileira, para aprimoramento no estudo de um item que é primordial como fundamento do futebol: O posicionamento dentro de campo.
3º lugar  -  Não devemos menosprezar o posto de 3º colocado na copa que dá respaldo para a contagem do ranking, façanha que o Brasil vinha melhorando gradativamente.           Seja qual for o adversário de sábado, precisamos vencer para não sairmos da copa com uma mancha maior.

Receptividade - Jogadores da seleção da Alemanha demonstram simplicidade no contato com torcedores, diferente do comportamento de alguns craques brasileiros, blindados pela CBF, pois não tem contatos com os torcedores que tanto os veneram. Exponho meu ponto de vista sobre o fiasco da Seleção Brasileira e conto com a interatividade de meus pares que aqui também inserem seus comentários.


Voz da experiência  -  O narrador Cláudio Guimarães diz que “futebol” é bola na rede, frase mais do que verdadeira. Nas aberturas de suas transmissões ele também afirma: “ A Inglaterra inventou o futebol e o Brasil mostra como se joga”. O que aconteceu no Mineirão, assustou a todos nós e a Alemanha mostrou ao Brasil que futebol aplicado é a solução para quem quer vencer. Acredito que o Cláudio, assim com muitos brasileiros, também está decepcionado.