A Opinião de Carlos Ferreira
Papão: desaba a renda do programa sócio torcedor
Papão: desaba a renda do programa sócio torcedor
Dos 7.120 sócios torcedores do Paysandu que pagaram a mensalidade de maio (mais de R$ 300 mil), metade deixou de pagar em junho. Efeito da perda do título estadual, da falta de jogos neste período e da timidez das vantagens extrafutebol. No Remo, a inadimplência em junho foi bem menor: 26%. A receita azulina caiu de R$ 105 mil para R$ 78 mil. Houve 25 cancelamentos após o campeonato estadual. O programa do Paysandu se expandiu mais no primeiro semestre, por uma política de custo x benefício ditada pelos ingressos mais caro para os não sócios. Tornou-se a maior fonte de receita do clube. O Remo focou mais no torcedor comum e teve o amparo dos descontos oferecidos pelas empresas parceiras da Ambev no Movimento Nacional Por um Futebol Melhor.
No futebol, superstição gera confiança
A questão da superstição no futebol, tratada ontem nesta coluna, ganha desdobramento com análise do professor Allex Bellos, autor do livro Futebol - o Brasil em campo. Diz ele: “Apostar na mandinga pode potencializar confiança dos atletas e torcedores”. Isso que vemos na Copa do Mundo é mania geral nos ambientes do futebol no mundo inteiro. Em Belém, rendeu muitos comentários em 2007 a revelação do técnico da Tuna, Carlos Lucena, de que usava a mesma cueca, como amuleto, em todos os jogos. Ao comandar o São Raimundo na conquista da Série D de 2009, Lúcio Santarém usava um galho de arruda na orelha. O Remo contratou dona Cheirosinha, erveira do Ver-o-Peso, para um banho de cheiro no Baenão, ano passado.
Bater na madeira para espantar o azar é crendice comum no Brasil, muito presente agora na Copa. Afinal, o futebol é um mundo tão místico que as superstições têm inegável efeito psicológico. Que o diga Zagallo, ex-jogador e ex-treinador da Seleção, que tem o 13 como número da sorte e casou no dia 13, mora no 13º andar e usa um carro com placa 1313.
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