Locutores narram jogos da Copa para deficientes visuais
Acredito que as pessoas
beneficiadas pelas narrativas tenham ficado satisfeitas, pois já passei por
essa experiência (sou deficiente visual) e sei o quanto representa uma doação
de serviço por quem tem bom coração enalteço a atitude dos narradores e que o
exemplo seja seguido nos campeonatos que acontecem aqui no país. Deus escreve
certo por linhas mais do que certas.
A Copa do Mundo de 2014 pode deixar um importante legado para uma pequena parcela de torcedores. Mesmo que não sejam maioria, estes fãs do futebol merecem uma atenção especial. Durante o Mundial, os estádios de Belo Horizonte, Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo têm narradores especializados para transmitir as partidas para deficientes visuais. Esta é a primeira vez que este tipo de serviço é prestado em uma Copa. A intenção é que as instalações sejam mantidas.
A narração não tem o ritmo acelerado do rádio, muito pelo contrário. Os locutores voluntários, Gabriel Mayr e Eduardo Butterscofano, buscam passar todos os detalhes de uma maneira que fique bem fácil de assimilar.
– Nosso objetivo é passar cada detalhe para o deficiente visual e fazer com que ele possa entender que o Neymar, além de ser o craque que todo mundo sabe que é, entra em campo com a gola da camisa levantada. Um detalhe que para a gente é bobo, porque está acostumado a ver isso em campo. Agora, para o cara que não sabe, que não tem nem a noção do que são esses detalhes, é superimportante – falou o narrador Eduardo Butterscofano.
No Maracanã, Anderson Fonseca foi um dos torcedores que acompanharam a partida entre Equador e França. Cego, devido a uma doença que teve quando criança, Anderson não ouviu nenhum gol, mas aprovou a locução.
– É uma narração mais lenta, porém com mais riqueza em detalhes, de como aconteceram as coisas, de como foi a falta. Passam a expressão dos jogadores do técnico, tudo do entorno eles falam.
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