É brazuca, é fuleco é a copa e o Parazão
Os dias estão sendo contados regressivamente para a bola rolar
nos estádios do Brasil com as 32 Seleções disputando o principal torneio do
planeta, a Copa do Mudo de Futebol. Os avanços nas obras das arenas que
deveriam estar sendo comentados com satisfação, deram lugar a reclamações e
imposições da FIFA que exige agilidade
para não perder os lucros previstos.
O brasileiro vai pagar caro pelo ingresso nos campos de futebol, por ser
apaixonado pelo esporte que é um dos principais causadores de inflação por onde
quer que passe. A Copa do Mundo já foi a “Menina dos Olhos” de muitos, mas
infelizmente hoje não reflete o que deveria ser cobiça esportiva, passando a
ganância por cifras elevadas em moedas de grandes poderes economicos.
O Brasil, país que tem cinco
conquistas, poderia servir de modelo, entretanto, engatinha no quesito
organização, sofrendo constantes puxões de orelha da entidade organizadora da
Copa que quer interferir até nos governos. Os comparativos aqui constantes
referendam maior perícia por parte do povo brasileiro que continua de olhos
fechados para acontecimentos que colocam o país na relação dos quebrados
economicamente, todavia há quem não perceba. O futebol arte, antes creditado ao
Brasil, vive momento crucial e mesmo sediando o Mundial de Seleções, ainda
deixa a desejar em vários aspectos, preferencialmente no que diz respeito os
complementos atinentes ao que deveria ter sido feito, mas não foi.
Considerando que os símbolos
que marcam as realizações das copas são relativos a cada região, o “Fuleco”,mascote
da Copa no Brasil mas parece um desajeitado animal que até para ser apresentado
demostra timidez, contrastando com a alegria do povo brasileiro sempre
extravasada quando o assunto é futebol. Muitas vezes a nação brazuza já foi
chamada de “Pátria de chuteiras”, título que não tem registro algum, mas
enobrece o povo que gosta de esporte, principalmente o futebol. Considerando
ainda que a retórica aqui explicitada não se trata de ato repugnante ou algo
parecido, supõe-se que o Brasil não consiga conquistar o hexa tão sonhado e
depois somam-se as lamentações com as indignações para se saber qual resultado
se aliaria ao bem comum do povo brasileiro que é apaixonado por futebol.
Durante a escolha das sedes
da copa a cidade de Belém do Pará foi descartada, provocando insatisfações,
contudo, o mais otimista dos paraenses há de convir que existem males que alimentam
o bem. O futebol paraense é um dos que mais arrecada na Região Norte,
disputando com outros centros a supremacia de público nos estádios. O Campeonato
Paraense, chamado popularmente de Parazão, tem preferência do torcedor que
vende o almoço para comprar o jantar e o troco é investido em ingresso nos
estádios, dura realidade cantada em verso e prosa por muita gente.
Diante de tudo isso são
expostas sugestões para que haja melhorias no setor chamado futebol, pois as
notícias veiculadas na mídia atestam que o endividamento dos clubes é latente
de norte a sul do país. As dívidas, muitas delas impagáveis, colocam os clubes
na relação dos caloteiros e não há soluções para serem minimizadas, sendo que o
egoísmo da maioria das administrações dos clubes, prevalece e as crises são
contínuas, moldadas de rombos financeiros que jamais serão honrados. A Copa do
Mundo no Brasil é um fato utópico que vai deixar rastros definitivos e sem
soluções, tudo pago com o dinheiro público que deveria ser usado em outros
setores que estão na pindaíba.
Edição: Dyah Sousa
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