Mídias piratas são apreendidas em arrastão no centro de Capanema
Ação contra o comércio ambulante realizada na manhã desta
quinta-feira (13/02), apreendeu milhares de DVDs piratas no centro de Capanema,
nordeste paraense. A abordagem foi realizada pela Guarda Municipal, sob o
Comando do Capitão Aviz, Secretário de Segurança do Município e o apoio da
Polícia Militar. Um caminhão foi utilizado para remover as mesas improvisadas
dos vendedores. As mídias foram encaminhadas para a Delegacia da Polícia Civil
de Capanema, onde serão feitos os procedimentos cabíveis.
Fonte: Click Pará
O desemprego é escandaloso no
Brasil, apesar de contestações feitas por instrumentos do Governo Federal e no
Pará, além dos altos índices de violência, também é grande o número de pessoas disponíveis
para o mercado de trabalho. O município de Capanema, por sua vez, não está
isento desses índices, pois é comum serem encontradas pessoas sem qualquer tipo
de ocupação laboral.
O comércio alternativo passou a
ser opção imediata para quem quer obter o sustento, tendo as ruas e até as
calçadas de prédios de todas as categorias, servido de “balcão” de negócios
para pequenos empreendedores, motivados pela falta de emprego, tantas vezes
colocadas em retóricas de combate por parte de políticos que falam isso somente
em época de campanha. Em Capanema não tem empregos, não tem indústrias
suficientemente para atender a demanda e quem sente o impacto social/econômico se
dispõe a trabalhar nas ruas vendendo esse ou aquele produto. As contravenções,
proibidas por leis, surgem como agravantes e nocauteiam os infratores de
pequeno porte que não em amparo sequer para defesa de seus atos.
O governo anuncia de ponta a ponta
do pais, que está combatendo ou tentando acabar com a famigerada população de miseráveis
ofertando a eles as “bolsas-esmolas”, que atormentam o cidadão, provocando o comodismo
e a desempregabilidade. As vítimas são os componentes de famílias de baixa
renda que tentam ganhar o pão de cada dia vendendo bugigangas nas portas dos prováveis
fregueses que chegam até fazer caras
feias quando se deparam com um vendedor ambulante lhe oferecendo algo. Nas ruas
de Capanema, no centro comercial, são encontrados todos os tipos de vendedores
ambulantes, indo da rede até o picolé, cantados em verso e prosa pelo vendedor,
como produtos de boa qualidade. Dentre tantos produtos estão aqueles “proibidos”,
sempre expostos nos tabuleiros de quem vende a espera de um bom apurado para sustentar
a família. Os Cds e DVDs “piratas”, são cobiçados pela ala responsável em fiscalizar
que de forma dura inibe os trabalhadores informais com atos até certo ponto truculentos.
Apreender as mercadorias consideradas “piratas” é dever das autoridades, mas no
Brasil inteiro a prática da venda desses produtos tem sido “permitida”, mesmo
sendo feita de forma irregular, mas que poderia ser liberada, ante os tantos
problemas de corrupção que vemos todos os dias.
O pobre que luta pela sobrevivência
não vê qualquer maldade ou prática de crime, sair de sua casa de manha cedo
para vender mídias não originais e isso pode ser considerado até como inocência
da parte de quem comercializa, pois o curto orçamento familiar o obriga
a se submeter aos riscos da contravenção. O que dói no coração das
pessoas sensíveis é que poucas são as ações dos governos em tentar minimizar os
casos de miséria e em Capanema não é diferente. Fica uma pergunta no ar a
espera de resposta convicta: Confiscar mercadorias nas ruas e incriminar os
praticantes de tal ação é solução para uma cidade que passa por momentos
delicados em sua estrutura governamental?
Façamos exames em nossas consciências
e procuremos meios legais para sairmos da relação dos atos inconcebíveis que praticamos.
Espera-se que haja reflexão compartilhada por quem estar no poder e às vezes
abusa dele.
Em tempo – A título de
sugestão: Seria bom se o governo proibisse a fabricação de mídias virgens pois
só assim poderia evitar a pirataria.
Edição: Dyah Sousa
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