Coluna & Colunistas a Opinião de Carlos Ferreira

Remo defende tabu contra o Paragominas em Belém


Leão tem 100% sobre o Paragominas em Belém
Se na Arena Verde o Remo completou cinco jogos sem ganhar do Paragominas, e quebrou o tabu na última quinta-feira (2 x1), em Belém o Leão tem soberania absoluta. Foram três jogos no Mangueirão, ano passado, com três vitórias remistas: 3 x 2, 2 x 0, 1 x 0. 100% de aproveitamento. Hoje, pela Copa Verde, até perdendo por 1 x 0 o Remo se classifica. Ou seja, o Paragominas tem que vencer por dois gols de diferença para garantir a vaga nos 90 minutos ou devolver o placar de 2 x 1 para levar a decisão da vaga para os “pênaltis”. Se o Remo fizer um gol, o Paragominas terá que fazer três. O time interiorano terá que pressionar, sem poder se expor. A missão é muito difícil, mas o Paragominas não tem nada a perder nesse “tudo ou nada”.
O Remo está sensivelmente desfalcado, mas bem recomposto. Tem todas as condições de se impor, desde que seja tão valente quanto o adversário. Nas opções de Charles Guerreiro, a mais significativa é a improvisação do zagueiro Carlinhos Rech como volante, acrescentando força e estatura ao sistema defensivo. Aparentemente, o plano tático é contra-atacar, explorando os erros do adversário, inclusive pelas condições do gramado. A noite promete emoções.
Mazola transforma reservas do Papão em “atores”   
Nos treinos táticos do Paysandu, Mazola incumbe os reservas de atuar nas características dos titulares do Remo. O técnico bicolor orienta e cobra a todo momento dos “atores”, inclusive tratando-os pelo nome de quem representam (Jonathan, Eduardo Ramos, Ratinho.....), enquanto exige dos titulares a aplicação do seu plano tático. Por isso, não abre mão dos treinos secretos, longe das câmeras e de testemunhas estranhos, como será amanhã. 
Essa forma de Mazola treinar o Papão foi muito explorada até os anos 80 na maioria dos clubes. Em geral, o auxiliar-técnico dava ao time reserva a mesma estrutura tática do adversário seguinte. Mazola, no entanto, vai além, cobrando similaridade nas características individuais. Como na decisão do próximo domingo só vitória vai servir para o Papão, no treino secreto de amanhã o comandante bicolor deverá ser ainda mais “Caxias”.          
Um passo à frente nas categorias de base
Ainda são muitas as queixas por condições adversas de trabalho, mas o Remo já constatou o progresso das categorias de base com a coordenação de Valter Lima, que acumula funções de treinador do sub 20. Valtinho está completando um ano de trabalho no Leão Azul. O Paysandu tratou de responder esta semana também investindo num profissional qualificado para a base. Samuel Cândido assume o comando técnico do sub 20. Isso é um passo à frente.
Depois da contratação de Samuel Cândido, o plano agora é formar o “Paysandu B” para a 2ª divisão paraense, um time que faça a mesma função já feita pelo Time Negra na revelação de Moisés, Pikachu, Neto, Rubran, Thiago Costa, Bartola.... A ideia surgiu do sucesso dos garotos Murilo, Araújo, Leandro Carvalho, Chileno, Márcio, Rodrigo e Marquinhos, que estão respondendo bem à atenção de Mazola Júnior. Esses e outros garotos estão fazendo refeições e repousando na Curuzu, acompanhados de perto por uma equipe multidisciplinar. Apesar da falta de estrutura, o Paysandu está procurando dar condições à evolução física-técnica e emocional de suas revelações. Mazola participa de tudo. Ao contrário, no Remo, Charles não quer conversa com o coordenador da base, Valter Lima.