Se cochilar, o cachimbo cai



Ao serem avaliados os tropeços do Paysandu na Série B, nota-se que o time chegou ao limite e a partir de agora o termo “tolerância zero” passa a ser usado como “cartilha” de ensinamentos. Os parâmetros foram feitos no jogo contra o Palmeiras, onde o sufoco prevaleceu e a ânsia de vencer atrapalhou o rendimento, ocasionado o revés que pode servir de lição para quem precisava da vitória, chegou perto dela, mas foi frustrada com a virada do adversário. Cabisbaixos, os bicolores continuam lamentando a má sorte e os números despencam ocasionando a permanência incômoda na zona de rebaixamento.
Os mais otimistas dos torcedores não acreditam em reviravolta e lutar para não cair constitui-se em meta prioritária do Paysandu que ainda não se acertou dentro de campo. Fazer a tradicional “lavagem de roupa suja” talvez não seja a alternativa para que haja reação do time, entretanto, dar um “choque” no emocional dos jogadores com diálogos motivacionais, representa solução imediatista. De nada adianta escrever frases indignadas no “muro das lamentações”, pois o caminho a seguir é o da reabilitação propriamente dita.
De volta da excursão em que sofreu duas derrotas, o Paysandu precisa mudar estratégias, tanto nos bastidores administrativos como no comando técnico, pois Arthurzinho vem se desentendendo com jogadores e isso mancha a imagem do clube que tem uma torcida apaixonada, fiel e contribuinte. Apelar para as questões espirituais ou psicológicas, surge como opção para que todos se encorajem e façam pacto por vitórias, uma vez que somente elas podem mudar comportamentos coletivos.
 
*O autor é cronista esportivo em Capanema.