A imprensa é livre
P de ponto, V de
vista - Por Paulo Vasconcellos
A época
da ditadura militar deixou marcas que são lembradas por quem vivenciou e também
por historiadores que usam argumentos para ilustrarem suas obras, mas as mágoas
também fazem parte do contexto geral. Um dos exemplos que temos no Brasil
atualmente é o da cidadã Dilma Rousseff, que depois de tanto sofrimento está
sentada na cadeira mais importante do
País, comandando milhões de brasileiros e brasileiras. As marcas
presentes na lembrança de Dilma não
impediram que ela, democraticamente fosse eleita presidente da República
Federativa do Brasil. E no dia de sua posse, fiquei atento ao discurso proferido
por ela, passando naquele momento a acreditar ainda mais em suas atitudes.
Ainda me
reportando à posse de Dilma, gravei na minha memória a analogia que ela fez ao
parafrasear Martin Luther King: “Prefiro o barulho da imprensa livre, do que o silêncio das ditaduras”. Encaixei
essa frase em muitos de meus textos, por acreditar que a liberdade de expressão
do cidadão, explícita na Constituição Federal , serve de encorajamento para a
tomada de atitudes que permeiam o caminhar de todos nós. Minha gente: andar por
caminhos limpos significa honrar o nome e preservar a cidadania em detrimento a
democracia, fato que deveria ser absorvido por quem se dispõe a gerenciar o que
é público. E assim, todos os dias nos deparamos com atitudes que nos
entristecem, entretanto, se reagirmos através do poder que temos, certamente
colheremos alguns frutos . Mesmo antes de me integrar ao setor imprensa, já
acompanhava procedimentos de veículos de comunicação que buscavam as melhores
informações para ofereceram às suas clientelas razão pela qual, dá para se ter a
exatidão de que a partir de quando foi instituída a primeira Constituição Brasileira a imprensa exerce seu papel cidadão na
sociedade.
Estamos
na era moderna, no Século XXI, em pleno avanço da tecnologia, mais infelizmente
ainda há quem use artifícios do tempo da idade da pedra, provando que recapitular
é bom, mas se modernizar é bem melhor. Da
Constituição Federal nascem outras Leis e a de Liberdade de Imprensa é uma
delas, que ampara os profissionais do setor, todavia pode advertir qualquer ato
irregular que esse profissional venha a cometer. A crítica construtiva é um dos
pontos culminantes para quem faz comunicação através da imprensa, cabendo a
quem de direito , qualquer ângulo de interpretação. Há quem interprete de um
jeito e reaja de forma grosseira, mas pelo o que consta nos termos
conciliatórios, a modernidade transpõe qualquer tipo de reação, mas não obriga
o cumprimento correto. Existe um “filme” que sempre é exibido por aqui, sem
agrupar muitos espectadores, pois traz em seu roteiro, termos agressivos contra
a imprensa, na tentativa de impedir o trabalho livre de quem se destina a
informar os acontecimentos. No quesito interpretativo, podem ser consideradas
essas atitudes como a de cercear a liberdade de imprensa, dependendo de onde
vem o revide, pois a mordaça não cabe em
todas as bocas.
São intrigantes
alguns atos que presenciamos e a resposta a ser dada, pode ser o silêncio,
alimento que acalma os ânimos, mostrando que nem todos que vestem as roupas modernas
para transmitir notícias de interesse público, usam termos sensacionalistas
para defenderem seus interesses pessoais. Todo barulho representa algo em favor
de quem estar desfavorecido e não tem a quem recorrer se não for a imprensa que
abre espaços para declarar publicamente
o clamor de quem sofre e não é socorrido. Este relato não se trata de revide ou
ato revanchista, pois não é a minha intenção, ferir conceitos ou pessoas. Estou
sempre do lado da cidadania cobrando atos que fortaleçam a democracia,
considerando que ser livre é ter liberdade de falar e apontar onde está doendo,
caso contrário, o remédio não vai conseguir curar a enfermidade. A liberdade de
imprensa precisa ser dita, escrita, falada, gritada e respeitada. Que Deus seja Louvado. Paz e Luz, assim seja.
(PV)
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