Grupo de artistas faz protesto pelas ruas de Belém
Protestar contra a morosidade dos governos
que não estão nem aí para a cultura é medida mais do que acertada e eu
aplaudo as atitudes dos artistas paraenses que foram as ruas de Belém fazer
seus manifestos. Aproveito o ensejo para incentivar os artistas de Capanema(me
incluo entre eles) para pensarem em fazer um momento de reflexão e também
destinar reivindicações para melhor atenção da Secretaria de Cultura,
pois são desconhecidos os canais para a destinação de projetos do gênero. A
cultura precisa ser difundida, não somente pelos atores culturais, mas
também pelos agentes públicos que gerenciam o setor. Acorda Capanema.
(PV)
Um grupo de artistas saiu nesta terça-feira (16) em protesto pelas ruas de Belém. Os manifestantes pediam mais incentivo para a área cultural no estado. Parte da avenida Nazaré, no centro da capital, ficou interditada.
Os participantes do protesto são pessoas envolvidas com as áreas de cinema, teatro, dança, literatura, fotografia e outras manifestações artísticas. Eles pedem à Secretaria de Cultura do Estado (Secult), mais espaços para apresentações, além de políticas públicas voltadas para a área cultural.
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Segundo a cantora paraense Aíla, os representantes da Secult fecharam os portões que são abertos ao público para impedir que os artistas entrassem. "Não nos deixaram protocolar nossas reivindicações", afirma. Flores foram colocadas no portão do prédio do órgão para simbolizar a "morte da gestão" do secretário Paulo Chaves.
"São muitas pautas envolvidas aí. Precisamos começar do zero, primeiramente, democratizar os investimentos para a cultura no estado. [Ter] verbas igualitárias para cada setor: cinema, teatro, música, dança, artes visuais, artesanato, etc. Em seguida, é preciso pensar o Estado como Estado, e não como capital somente, investir culturalmente nos interiores, e não somente com eventos de arte, e sim em capacitação das pessoas, gerando emprego no setor cultural", declarou a artista.
Aíla pontua ainda a necessidade de valorização das artes populares, não somente a erudita. "Nada justifica o alto investimento nos eventos de ópera da capital. Esse dinheiro poderia ser também aplicado em eventos populares, como os dos pássaros juninos, por exemplo, onde tem vários mestres morrendo, sem investimento algum. Tem muita coisa errada na Secult, não há contato com os artistas, ninguém nos recebe lá, logo aí já consiste o maior erro", critica a cantora.
A polícia acompanhou o protesto, que foi pacífico. A Secretaria de Promoção Social disse que está oferecendo espaço para dialogar com o grupo, e até agora não foi marcada nenhuma reunião
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