Bola Dividida – Por Paulo Vasconcellos
Punições que abalam as estruturas institucionais do “Time de Periçá”
Reorganizar as estruturas do Clube do Remo “filho da glória e do triunfo”, é colocar no prumo os desmandos administrativos que atemorizam os azulinos, desde o mais alto escalão até o mais humilde torcedor. Se forem levadas as considerações analógicas, o “fundo do poço” se apresenta como o desalinhavar no retrocesso, cujas menções pejorativas insistem em conotar o aspecto negativo de uma instituição que já passa do centenário. Faz algum tempo que o Remo apresenta condição lamentáveis e o “Status quo” é preocupante, mas os dirigentes não conseguiram acordar diante de tanta melancolia, deixando de lado os maiores interesses do clube por caprichos pessoais que não condizem com a familiarização de seu maior patrimônio, que é o torcedor.
Considerando que o abalo financeiro é o principal fator no que diz respeito ao amedronto, ressuscitar o Clube do Remo da situação vexatória é a única opção para os verdadeiros azulinos que estão cabisbaixos diante de tudo o que está acontecendo. A ação cautelar na justiça feita por um solitário torcedor causou impacto, prejuízos e desrespeito a uma agremiação esportiva que tem seu nome grafado com letras azuis marinho por onde quer que seja citado. A punição imposta pela CBF nocauteia de forma implacável e tira a robustez de um leão, que tem suas garras desafiadas e o coro da torcida com suas vozes desafinadas, tudo por negligência de uma administração pífia que deixa enlutada toda a nação azulina.
Mesmo cabendo recursos para a inversão da decisão da CBF, tudo indica que as forças estão cada vez mais enfraquecidas, uma vez que até a punição pecuniária pode deixar nódoas crônicas incapazes de serem apagadas. Chorar nesse momento é derramar lágrimas em vão, pois a situação além de vexatória, envergonha todos os que amam o Clube do Remo, tanta vezes vencedor, todavia, agora impotente diante das circunstâncias impostas que quase não dão chances para reações. É lamentável a situação do Time de Periçá que agoniza e tem futuro incerto.
O autor é cronista esportivo em Capanema. O texto foi Editorial do Programa Gastando a Bola, apresentado por Paulo Sergio Pinto na Rádio Clube do Pará, edição de domingo, 14 de julho. Crônica publicada na edição nº 503 do Jornal de Capanema.
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