Mensagem da Semana
Dois olhos, dois ouvidos! -Paulo Sérgio
Buhrer
Está provado que não existe julgamento
antecipado a exemplo do arrependimento. Não devemos acusar alguém antes de
saber a realidade dos fatos. Sendo assim, leiam texto abaixo e reflitam, para
que ninguém julgue ou condene de forma antecipada. (PV)
Não é
nada fácil controlar as emoções, os sentimentos, principalmente, a vontade de
mostrar que os outros estão errados.
Mas, Deus
é tão sábio que nos deu dois ouvidos, dois olhos e apenas uma boca. Por qual
motivo será?
Claro que para vermos e ouvirmos mais antes de
falar.
Normalmente
cometemos grandes besteiras por falar antes de abrir bem os ouvidos e os olhos.
Julgamos, condenamos, ofendemos, e,
depois, por vezes, quando nos damos conta, estávamos julgando, condenando,
ofendendo a pessoa errada.
E, por mais que peçamos desculpas e
perdão, as ofensas são como pregos na madeira: mesmo que os tiremos, sempre
deixam marcas!
Por isso,
uma das melhores maneiras de viver a vida é abrindo bem os dois ouvidos e os
dois olhos que temos.
Quando for falar, e perceber que na sua
fala existe julgamento, analise se não é precipitado. Se chegar a conclusão de
que não é, pense mais um pouco e espere para falar. Antes de falar, escreva
para a pessoa que pretende ofender, mas, sem entregar a ela o que escreveu.
Depois de algumas horas, dias, leia e veja se ainda tem coragem de dizer o que
pretendia.
Frequentemente
vejo pessoas que se amam se ofendendo. E o amor não é um sentimento que combine
com insultos, por isso, às vezes a outra parte pensa que não é amada, quando,
na verdade, a boca do outro se adiantou à reflexão e aos demais sentidos.
Arrefeça sua mente quando perceber que
o que irá falar fará mal a alguém. Mesmo uma verdade que precisa ser dita não é
necessário que seja em forma de ofensa, de sermão coletivo. Sermão coletivo já
recebemos na igreja, e, por sorte, os padres e pastores não podem citar nomes!
Um dia
desses deixei meu carro para fazer a revisão dos 10 mil km. O mecânico me disse
o que seria feito e que o valor seria de R$ 570,00. Quando fui buscar o carro
revisado ele me recebe com uma cara meio esquisita e diz: “Tudo pronto seu
Paulo, mas, tivemos uma pequena alteração no valor”. Na minha cabeça passou o
seguinte: “Você tá de brincadeira comigo? (claro que não foi bem isso)”. Me deu
uma vontade de falar algumas verdades para o pobre do mecânico, que,
provavelmente, lendo na minha cara que eu não estava nada satisfeito, disse:
“Mas é para menos seu Paulo. Notei que não era necessário trocar o filtro do
ar-condicionado”.
Quase que eu saio xingando o mecânico.
Imagine se eu tivesse mandado ele para onde pensei?
Não
xingue seus filhos, seus pais, seus colegas de trabalho, seus amigos, seu
chefe. Não há motivo nenhum para ofender ninguém (nem seu mecânico), muito
menos pessoas tão importantes para nós. Eu sei que há momentos em que
acreditamos ter razão, ou, que temos certeza de que a outra pessoa merece ouvir
umas verdades. Contudo, se falarmos mais do que devíamos nós perdemos toda a
razão que imaginávamos ter.
Tem gente
que pensa que vários pedidos de desculpas apagam as imagens e os sons das
ofensas. Por mais amável que sejamos, se, constantemente somos maltratados,
ofendidos, hora ou outra o prego atravessa a madeira, e aí o buraco fica
praticamente sem conserto.
De
coração, peço: por mais difícil que seja, antes de falar qualquer coisa que não
gostaria que falassem a você e a quem você ama, escancare os sentidos mais
belos com os quais o Criador nos presenteou: ouvir e ver.
Se fizer
isso, provavelmente sua fala terá a trilha sonora de um romance, de uma
comédia, e não de um filme de terror!
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