Colunas e Colunistas - Por Carlos Ferreira
Papão em dias de burilamento
Do último para o próximo jogo, um espaço de 13 dias que o Paysandu aproveitou para recuperar jogadores que acusavam dores. Um espaço que os jogadores aproveitaram também para conviver com os familiares, depois de dois meses em intensa maratona de jogos e viagens. Enfim, uma revitalização física e mental. No treinos, o Papão vive dias de burilamento para o Re-Pa, com foco no serviço defensivo. Afinal, o time que foi tão eficiente no ataque, marcando 46 gols em 18 jogos (média de 2,55 por jogo), não foi tão competente ao se defender. Tomou 20 gols (1,11 por jogo). Se bem que essa é a melhor média do campeonato.
Na busca de aprimoramento tático, Lecheva insiste na compactação do time bicolor e numa cobertura consistente para Yago Pikachu, de tal forma que o lateral possa ser explorado na sua potencialidade ofensiva. O Papão terá nos dois Re-Pas a vantagem de dois empates ou vitória e derrota com a mesma margem de gols para avançar à decisão do turno. Mas a proposta é de manter o padrão de jogo, sempre tomando as iniciativas de ataque, até porque o clube pode estar a quatro jogos do título estadual. E se conquistar o título sem decisão extra ganhará 27 dias de intervalo entre o Parazão e a Série B. Tempo ideal para a reforma no elenco e intertemporada. Se perder o segundo turno e for à decisão extra, o prazo entre as duas competições diminui para apenas 13 dias.
Tuna a dois passos de uma proeza
Depois de ridícula campanha no 1º turno (4,8% de aproveitamento), a Tuna atinge 47,6% no 2º turno, abaixo somente de Paragominas, Paysandu e Remo. A espantosa reação tunante tem como maior responsável o técnico Cacaio e como peça-chave o artilheiro Lucas, autor de 6 gols em 7 jogos. Se ganhar do Paragominas, domingo, a Tuna já evita o rebaixamento, que o objetivo prioritário. Nesse caso, cairia o Cametá (ou o Santa Cruz, dependendo do desdobramento do processo do clube salinense na Justiça). Evitar o rebaixamento já seria uma proeza, mas a Tuna tem todo direito de sonhar com classificação à semifinal, embora o Paragominas tenha melhores credenciais e também a vantagem de dois empates.
Quem leva a artilharia?
Desde as primeiras rodadas, os bicolores Rafael Oliveira e João Neto disputam a artilharia do campeonato com Aleílson, do Paragominas. Os três estão empatados com 10 gols, cada. Mas a produtividade deles caiu muito no segundo turno, permitindo aos remistas Val Barreto e Fábio Paulista encostar com 8 gols, cada.
Eis os demais artilheiros do Campeonato Paraense desde a virada do século: Edil (Castanhal) 16 gols em 2000; Rato (Tuna) 12 gols em 2001; Jóbson e Valdomiro (Paysandu) 9 gols em 2002; Iarley (Paysandu) 6 gols em 2003; Gian e Júnior Ferrim (Remo) 10 gols em 2004; Rico (Pedreira) 11 gols em 2005; Balão (Paysandu) 10 gols em 2006; Robgol (Paysandu) 13 gols em 2007; Marclésio (Águia) 13 gols em 2008; Hélcio (São Raimundo) 12 gols em 2009; Moisés (Paysandu) 13 gols em 2010; Leandro Cearense (Cametá) 21 gols em 2011; Branco (Águia), Fábio Oliveira (Remo/Tuna) e Rafael Paty (Cametá) 11 gols em 2012.
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