O Papa das Américas ou simplesmente Francisco


P de ponto, V de vista  -  Por Paulo Vasconcellos

Assim como milhões de pessoas, também fiquei atento a definição de quem seria o escolhido como Sumo  Pontífice da Igreja Católica e claro, torcendo pelo brasileiro Odilo Scherer. Desde o início do Conclave os olhos do mundo, se voltaram para o Vaticano e a expectativa aumentava a cada movimento da fumaça na chaminé da Capela Sistina. A ansiedade era presente, mas sem qualquer tipo de angústia, pois os favoritos ao papado apresentavam confiança ao mundo.
Como sou cauteloso em meus comentários, preferi esperar e não me manifestei sobre quem seria meu candidato predileto, mesmo confiante na eleição de Dom Odilo. Acompanhei os palpiteiros e nos momentos que antecederam a divulgação do nome, depois da mudança de cor da fumaça, vibrei com a escolha de um argentino para ser o Papa das Américas, apenas como representante do continente, pois na realidade, ele é o Papa do mundo inteiro. A serenidade de João Paulo II, atrelada a austeridade de Bento XVI, formam o semblante de Jorge Mário Bergoglio ou simplesmente Francisco.
Com o passar das horas, assim como muita gente fui acumulando as qualidades do Papa Francisco, que em pouco tempo, ganhou minha simpatia, sobretudo com a divulgação de sua biografia, rica em conteúdo, mas simplificada pelas atitudes de um sacerdote que ao usar o nome de Francisco, soube escolher entre tantos, pois se baseou na humildade de São Francisco de Assis, protetor dos pobres e defensor de causas nobres. Estou achando fácil escrever sobre o Papa, usando minha simplicidade nas palavras dedicadas ao pontificado de um homem que abdica regalias, preferindo mostrar sua popularidade.
Em tempos atrás, a figura do Papa, representava bastante popularidade, mas com os atentados sofridos por João Paulo II, regras e normas de segurança foram criadas pelo vaticano. O Papa Jorge Mário, agora Francisco, talvez não queira exigir regalias, mas como é um dos homens mais importantes do mundo,  acredita-se que as precauções devam e precisam ser tomadas. A Argentina vibrou com a escolha de Francisco, então Cardeal, categórico nas suas decisões que causaram mudanças no comportamento até no governo de seu país de origem. Surpreendente em suas palavras, Francisco, na primeira celebração, expressou termos contundentes, porém colocando a simplicidade em primeiro plano e mais: dispensou os paramentos que são usados pelos Sumos Sacerdotes. Podem ter certeza, que o valor da humildade do Papa Francisco é imensurável e se for levado em consideração que a primeira impressão é a que fica,  Bento XVI está bem servido de sucessor. 
Aplausos múltiplos para o Papa Francisco, Jesuíta de formação, vocacionado pela missão sacerdotal, líder maior da Igreja Católica que ao colocar o anel de Pedro, assume o Pontificado e o compromisso com Deus eterno. Que os anjos do céu digam amém e os homens de boa vontade, na face da terra, reconheçam que o Papa representa a igreja e repara seu rebanho.   
*O autor é membro da Academia Capanemense de Letras e Artes, titular da Cadeira nº5.


Edição: Dyah Sousa