História a ser tantas vezes lida





Os filhos de Josefa e Waldemar

         Faz tempo que eu queria escrever algo sobre minha família, desde os primórdios até os dias atuais, resumindo em parágrafos e condensando com adjetivos substanciais. Na década de 1930, abeirando os 40, começava a evolução de Capanema com o aumento da população que chegava dos mais longínquos recantos, principalmente da região Nordeste do Brasil. Os nordestinos eram a predominância da época e o trem representava o meio de transporte mais eficiente, carregando gente para todo lado.
O passar do tempo se encarregava de alinhavar os costumes das pessoas e famílias eram formadas, tudo normal, como mandam os princípios básicos. Os rapazes se vestiam a caráter e as moças também seguiam o mesmo padrão, constituindo-se em regras que a ética familiar conceituava. Os bailes, mesmo pequenos, juntavam a juventude e as danças eram sincronizadas de acordo com o andar da carruagem, gíria bastante usada e que não tem registros de quando começou. Nos idos de 1940, os jovens Waldemar e Josefa se conheceram num desses encontros sociais, começando um namoro, passando para o noivado, até chegar ao casamento. Como a carruagem não para de andar adianta-se o calendário e percebe-se que a união entre os dois já rendia frutos, sendo a primogênita  Célia Maria, o início de uma prole que chegou ao número sete. A família, berço maior da união entre Josefa e Waldemar, começava a tomar a dianteira e depois nasceram os outros filhos do casal: - Paulo, Stélio, Stênio, Celene, encerrando com os gêmeos Ivênio e Cleide. A vida, levada a sério pelo Cearense Waldemar e pela Paraense Josefa, firmada por honradez, causou unidade em todos os aspectos, apesar de algumas necessidades, consideradas normais para quem enfrenta desafios.



Em determinada ocasião, houve o desfalque de um integrante da família, quando Stênio perdeu a vida em acidente. Doravante, a formação Viana e Vasconcellos, passou por momentos difíceis, pela saudade da perda de um ente, querido como todos os outros. A continuidade de tudo e a luta constante com dignidade são espelhos que brilham sem qualquer tipo de obstáculo.
Raízes nordestinas misturadas ao sangue europeu motivam os filhos de Waldemar e Josefa a manterem padrão de vida com os pés no chão. No ano de 1972, Waldemar deixa seus filhos órfãos, mas também seu legado de pai exemplar. Como dizem sempre os mais experientes : “A vida continua”, e estamos firmes, cumprindo nossas missões, sem riquezas materiais, mas com força da divindade, pois Deus nos enche de energias. Nossa mãe, Josefa Viana de Vasconcelos, em pleno ano de 2013, completa 85 de idade, com vigor invejável e rigor inigualável, tudo isso, por ainda manter padrões buscados na memória, enquadrados nos ensinamentos que recebeu, ainda na sua juventude. Se a matéria fibra servir mesmo de sustentação para o ser humano, posso garantir que minha mãe é realmente uma mulher de fibra, pois até aqui tem nos concedido privilégios, passando para as outras gerações da nossa família.
Escrever esse texto não é tarefa muito fácil, mas os filhos de Josefa e Waldemar relembram muitas coisas com saudosismo, no entanto, os encontros são recheados de alegria, felicidade, descontração e harmonia. No natal de 2012, conseguimos reunir a família e depois de algum tempo, os seis filhos ladearam dona Josefa, acompanhados dos outros integrantes da nova geração. Além dos filhos, nossa mãe tem nove netos e dois bis netos. Como cresceu o clã!

A história está bem contada, mais é claro que faltam alguns ingredientes, então, vou relacionar os nomes dos escalões da Família, repetindo os filhos de Josefa e Waldemar : - Célia, Paulo, Stélio, Celene, Ivênio, Cleide e Stênio(In Memoriam). Agora os netos tem espaços para os registros: - Tiago, Diego(Filhos da Célia), Paula, Karla(Minhas filhas) , Ivanei, Irlan, Isaiais(Filhos do Ivênio) ,Ynáh (Filha do Stélio) e Vitória (Filha da Cleide). Para completar o time, tem os dois mais novos integrantes, que são: - Paulo Pietro (Meu neto) e Júlia (neta do Ivênio).


 Geração formada pelos netos de Josefa e Waldemar.



     Dalva e Iracema, noras de Josefa.
 Acredito que não errei a conta, mas se isso for detectado por alguém da família, vou corrigir, com certeza. Achei interessante contar um pouco dessa história que pode ser transportada para uma coletânea ou simples obra de qualquer membro da família. Para não cometer injustiças, aproveito para relacionar os nomes dos outros que se integraram a nossa família: - José Melo (Marido da Célia), Dalva Vasconcellos( Minha esposa), Iracema Brito (Esposa do Ivênio) e Claudionor Monteiro(Marido da Cleide). Obra concluída, texto simplificado, nomes destacados, família bem sucedida, filhos felizes, netos alegres, bisnetos começando o entrosamento e a paz harmônica sendo o principal instrumento do verdadeiro sentimento familiar. 


A foto registra o encontro com meus irmãos Stélio e Ivênio.

Tudo isto é constatado por nossa mãe Josefa, que alegremente recebe cada um de nós e cuida com se fôssemos crianças. Somos nós, filhos de Josefa e Waldemar, gente de sangue bom que se junta a outros tipos, formando verdadeiro conjunto da obra. (PV).
P.S – O texto é escrito em síntese na primeira pessoa do singular, mas divido com todos, os méritos e as menções existentes em pequena história, contada de forma coletiva, que não precisa de narrador, pois ela representa a própria narrativa.

Obs. Não estiveram no encontro familiar, Anna Paula, Pietro, Ivanei e Júlia e  Thiago, por motivos de cumprirem compromissos em locais. 
Thiago Melo.
Ivaney e Júlia.

        Anna Paula e Paulo Pietro.

Edição: Dyah Sousa e Anna Karla