As curvas de uma estrada perigosa.
P de ponto, V de vista
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Por Paulo Vasconcellos
São mais de 30
anos de pendenga sobre as melhorias necessárias a serem implementadas na
Rodovia PA-224, de apenas 18Km de extensão, mas as péssimas condições de
trafegabilidade, além das curvas fechadas, contribuem para a insatisfação de
condutores de veículos, que se estende até moradores do entorno da cidade de
Peixe-Boi, o melhor clima do Pará. Muitos acidentes tem acontecido ao longo da
estrada, sendo que os melhoramentos são mínimos e nunca houve vontade dos
governos em estruturar a via de acesso a um dos poucos balneários da Região. Os
acidentes são registrados e muitas vidas ceifadas, sendo que não há palavra
empenhada, que seja cumprida, acumulando ocorrências e morte.
Em meados de
2010, campanha eleitoral para o Governo do Estado em pleno vapor, a então governadora Ana Júlia Capera, prometeu à
Prefeita Hélia Jaques que estaria determinado a SETRAN para realizar serviços
de imprimação asfáltica com a colocação de selantes, no entanto, nada foi
concluído. Tem uma gíria popular atrelada a uma palavra não existente no
dicionário que se chama “Guaribar”, correspondente a quando é dado tratamento
paliativo a alguma obra por exemplo. Pela importância que tem Peixe-Boi para a
região, o tempo se encarrega de contabilizar o descaso com sistema rodoviário
que faz ligação com outros municípios. Faz tempo que escrevo e falo sobre as
precárias condições da estrada, mas tudo vai caindo no esquecimento.
No decorrer do
ano de 2012, aconteceram vários acidentes na Capanema/Peixe-Boi, que vitimaram
fatalmente, pessoas de todas as classes sociais. No inverno, a “pista” se
apresenta escorregadia, só onde há aplicação de asfalto e os atoleiros são
visíveis, na parte de estrada de chão, precisando que os condutores de veículos façam
verdadeiros malabarismos para não interromperem suas viagens. Se formos levar
em consideração os agravantes, podemos chegar a um denominador de que a
proporcionalidade dos acidentes na estrada Estadual que dá acesso a Peixe-Boi,
escandaliza as estatísticas, concorrendo com os balanços das rodovias da malha
Federal.
Ressalto
também, que nem todo acidente é causado pelas falhas da estrada, pois existem
as impudências de quem conduz veículos de qualquer tipo, sob a linha da
irresponsabilidade. Ressalto ainda que, os veículos de pequeno porte, como por
exemplo, a motocicleta, precisam ser guiados e não “pilotados”, para que não
haja confusão nos dois sentidos. O que leva a acontecer graves acidentes
sobretudo, são alguns casos de impudências e o não uso dos equipamentos de
seguranças, obrigatórios por Lei, atingem índices elevados na contabilização
dos acidentes e a maioria, com fatalidades. Recorrer às Leis do Trânsito, é a
condição mais viável, entretanto, não existe fiscalização da Polícia Rodoviária
Estadual, razão pela qual os condutores não usam capacetes, cintos de
segurança, documentos obrigatórios, limite de velocidade e ainda desafiam a Lei
da Gravidade, em determinados casos. Ao me referir sobre o acidente ocorrido na
segunda-feira(7), fiz sugestão aos prefeitos Eslon Martins(Capanema) e Mozar
Cavalcante(Peixe-Boi) pra que eles pressionem o governo do Estado e este tome
providências relativas a conservação da estrada, que precisa de pavimentação
asfáltica, excluindo-se a imprimação. É preciso também que sejam construídos
refúgios com acostamentos, além da interferência da engenharia de tráfego, com
destinação de que as curvas sejam diminuídas, pelo menos isso.
O ecoar de
vozes reflete em reclamações que partem dos parentes das vítimas ou de quem
escapou de sofrer grave acidente. As curvas da estrada perigosa, precisam ser
talhadas de forma mais reta, caso contrário, os acidentes vão continuar matando
pessoas. Que esse ecoar seja transmitido para as autoridades competentes, a fim
de tomarem medidas cautelares em favor e em respeito às vidas humanas. Seja
prudente no trânsito, mesmo nas ruas da cidade, pois quem tem pressa de chegar
em casa, pode chegar mais cedo em um hospital ou mesmo em um cemitério. Preservemos
nossas vidas e que todos obedeçam as Leis do Trânsito, para o bem estar e o bem
comum de todos. (PV)
Em tempo: A curva do “S” é a mais temida pelos motoristas e a
mais perigosa do trecho, pois todos os acidentes ali ocorridos foram de intensa
gravidade. É preciso ser dado um basta e providências serem tomadas pelas
autoridades.
**O autor é integrante da Academia Capanemense de Letras e
Artes, titular da Cadeira Número 5.
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