As peripécias do Paysandu no Brasileiro



 
Conquistar o título de campeão brasileiro pela terceira vez estava bem perto de acontecer, mas o Paysandu deixou escapar as chances, por não ter conseguido administrar o placar do jogo em Paragominas, quando vencia o ICASA por 3 x 0 e deixou o time cearense encostar no marcador. O sonho do título estava distante, face as dificuldades que seriam esperadas no jogo de volta em Juazeiro do Norte, fato consumado com a derrota de 2 x1, que culminou com a eliminação do Papão da Curuzu que não conseguiu ir à final.
Se for levada em consideração a forma em que a diretoria do clube se planejou para Série C, a conquista do acesso a série B do ano que vem, constitui-se em lucro para o time bicolor, que capengou no início e conseguiu respirar nos últimos encontros da primeira fase do certame. A propósito, a ascensão só ocorreu porque Lecheva conseguiu unir o grupo, sendo esta uma grande façanha. Reservadas as proporções, são encontradas justificativas para  a não ida do time à decisão da Série C, pois o objetivo não era esse. Os bicolores são conscientes de que a meta era subir e depois, tudo o que acontecesse, entraria na escrita lucrativa. Planejar é preciso e a partir de agora, o Paysandu tem que evitar o inesperado, fazendo valer que as peripécias incluam-se na garra coletiva, envolvendo diretoria e elenco.
 
*O autor é cronista esportivo em Capanema. Editorial do Programa Gastando a Bola, apresentado domingo (25) na Rádio Clube do Pará, apresentado por Paulo Sérgio Pinto.