Gastando a Bola - Crônica de Paulo Vasconcellos

O clássico de 6 pontos


As memoráveis tardes de domingo são reservadas para os grandes encontros do futebol paraense e o clássico Remo e Paysandu reserva surpresas que só o torcedor paraense pode esperar. O jogo Remo e Paysandu, traduz a representatividade do futebol paraense para a Amazônia, por tratar-se de um encontro de gigantes que mesmo em posições diferentes na tabela, vão disputar 6 pontos que valem muito para suas pretensões no segundo turno que está se encerrando.
Os Titãs, precisam mostrar ao grande publico que vai se fazer presente no Mangueirão, atitudes em busca da vitória, pois somente os 3 pontos vão dar condições para que um dos concorrentes esteja mantido no G4 ou bem perto da classificação. O domingo representa descanso para quem trabalha, mas hoje, Dia do Trabalhador, os 22 atletas vão estar representando várias classes que das arquibancadas vão gritar e incentivar para que os guerreiros lutem por uma vitória.
O futebol paraense vive mais um clássico Re X Pa e a festa está consolidada. Cabe aos artífices, desempenharem suas tarefas para não decepcionarem os espectadores, pois o futebol representa a alegria do povo e aqueles que forem prestigiar o espetáculo, esperam o comprometimento por parte dos jogadores das duas equipes. Quem vencer dá passo importante para lutar pelo título e quem perder precisa justificar, pois o torcedor quer o triunfo. A história do futebol paraense tem no clássico “Rei da Amazônia” a primorosidade de duas torcidas apaixonadas que incentivam e querem resultados.
Seja qual for o vencedor do clássico, o mais importante é a manutenção da tradição de um encontro que divide as atenções, no entanto, enche de emoções os verdadeiros torcedores que demonstram suas paixões pelos maiores rivais, tornando o futebol, uma tradição de fidelidade esportiva nos campos do Pará. O clássico Rei, tem conotação competitiva, mas representa para todos, um cenário que multiplicam as vontades, mesmo se o resultado não for favorável para um dos lados. A bola vai rolar e os gritos vão ecoar. Tudo em nome do futebol paraense e do clássico que reúne multidões.

*O autor é cronista esportivo e integrante da Academia Capanemense de Letras

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