Crônica da Semana - Por Hugo Antônio Ferrari

O PARÁ PRECISA REAGIR
Hugo Antônio Ferrari
 Um Estado, com a potencialidade do Pará, precisa reagir e se impor perante a Nação visando assegurar o seu melhor desenvolvimento.  
Já está provado que, infelizmente, não temos força política suficiente para reverter - em curto prazo - essa brutal desigualdade a qual estamos sendo submetidos há muito tempo.
Nossa representação política - por mais competente que seja e se esforce -, ainda não consegue influir a nosso favor diante da sua pequenez. Ninguém escuta a voz do Pará! É como se gritássemos em pleno deserto.
Enquanto São Paulo tem 70 Deputados Federais, Minas 53, o Pará, apenas 17. De que jeito iremos romper essa barreira para nos impor?
Defendo, quando da prometida “Reforma Política”, que o número de Deputados Federais seja igual para todos - a exemplo do Senado -, onde cada Estado tem direito a três representantes.
Do jeito que está apenas os Estados com o maior número de eleitores são detentores de expressivas bancadas, continuando dessa forma a decidir as grandes questões nacionais na base do “rolo compressor”, maculando assim qualquer democracia onde se presume os direitos serem iguais para todos, e não apenas para alguns.
Nossa riqueza parece que não nos pertence, pois, pelo que vemos, está fazendo outros povos felizes, uma vez que o lucro obtido não está vencendo as nossas mazelas, sobretudo, na saúde, educação, moradia, meio ambiente, segurança pública, etc.
Segundo o F-IBGE, o Pará é o terceiro Estado no “Mapa da Fome”. Isso é inadmissível!
Por outro lado, muitos dos nossos municípios já estão dando visíveis sinais de desequilíbrios nas suas finanças, refletindo diretamente na vida população, cujas Prefeituras são - na maioria -, as maiores empregadoras.
E nós, paraenses, o que dizemos de tudo isso? Qual será daqui pra frente a nossa atitude frente a esse quadro de desvantagem que vem prejudicando o Pará?
Diante desse quadro, vamos permanecer aceitando passivamente as coisas como elas estão? Se calarmos - como aliais já estamos - é sinal de que concordamos com essa triste realidade.
Mas, pelo que parece, teremos que esperar pela providência divina a fim de que um novo tempo de bonança aconteça em favor deste Estado que, mesmo enfrentando desafios de toda ordem nós o amamos muito, na esperança de que brevemente se libertará das injustiças que vem sofrendo para alegria de todos os paraenses.
Agora, reflitamos juntos sobre esta dura pergunta: Vale à pena sermos um Estado rico com um povo tão pobre?
Colaboração: Hugo Antônio Ferrari - Óbidos PA 

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