COLUNA DO PV - Assuntos Políticos

Edição: Paulo Henrique #

Paulo Vasconcellos - Colunista

Salve-Salve amigos leitores! Depois do pleito na Câmara Municipal, estou de volta para trocar idéias com meus comentários sobre vários assuntos que merecem ser colocados ao conhecimento de todos.

Mesmo com acusações de “Manobra” por parte dos integrantes da chapa opositora, Oscar Ishii vai assumir a presidência do Poder Legislativo de Capanema a partir de 1 de janeiro de 2011, contrariando alguns que queriam, por fina força, Edinho como vencedor.

Vamos considerar que as manobras feitas tenham sido de forma parlamentar, como bem citou Edinho em seus momentos de reclamações. Foram 2 escrutínios oficiais e o que diz o Artigo 42, concretiza o voto de “Minerva”, favorecendo a vontade do presidente do Poder.

A eleição realizada segunda-feira (22), foi tensa, mas como havia segurança reforçada o tumulto foi substituído por algumas vaias. Depois do resultado, ainda teve um exaltado que deu murros na proteção de vidro que separa o Plenário das galerias. Foi advertido e se arrependeu do que fez ou do que poderia causar se continuasse com sua fúria.

Como no escrutínio anterior, os vereadores pertencentes à chapa “União pelo Centenário” se retiraram do Plenário e não concederam entrevistas à imprensa. Somente Pedro Abraão falou ao repórter Pedro Paulo, mas economizou palavras.

Em compensação: Carioca, Adalgisio, Irmão Marco, Edinho e Antônio Maria, ironizaram a decisão da Mesa Diretora e esbravejaram bastante. Direitos que lhes assistem, pois faz parte da disputa pelo Poder.

Como sempre, Chico Adalgisio tomou a frente e protestou contra o resultado e contra o voto de minerva, pois diz que essa prerrogativa só pode ser usada em casos específicos. “Não posso admitir que isso aconteça, pois estão tomando o direito democrático de nós decidirmos com nossas próprias vontades”, alfinetou Adalgisio.

Por sua vez, Edinho (Candidato a Presidência), afirmou que o resultado da eleição força sua chapa a recorrer para os tribunais da Justiça. “É isso que eles querem e como o presidente faz parte da chapa da situação, a manobra foi clara e evidente”, critica Edinho.

Com experiência de três mandatos, o vereador Antônio Maria classificou o ato como “Vergonhoso” e credita as manobras ao “comando” do Executivo que, segundo o parlamentar petista, tem costume de fazer mudar os rumos da política, conduzindo com revanchismo.

Outro que demonstrou sua indignação foi Antônio Carlos Carioca, condenando as atitudes com que a Sessão foi conduzida e o resultado anunciado. Para Carioca, os interesses foram somados e os direitos de quem usou a legalidade, retirados. “É um absurdo!”, repreende o vereador que fazia parte da ala governista e agora está do outro lado.

Quem também fazia parte da “situação” e mudou de lado foi o então “Líder do Governo” na Câmara, vereador Irmão Marco, que não foi aceito para concorrer ao cargo de presidente e resolveu entrar para o bloco da “Oposição”.

Sabedor que pode ser expulso do seu partido, o PR, Irmão Marco afirma que tudo o que está fazendo é em respeito aos 1.245 votos que obteve na eleição de 2008. Além da expulsão, o parlamentar também corre risco de perder seu mandato. “Aconteça o que acontecer, estarei lutando pelos interesses do povo até o final do meu mandato, independentemente de perder ou não a cadeira”, responde Irmão Marco, demonstrando sua revolta.

Como os vereadores liderados pelo presidente Pedro Abraão não continuaram no plenário após o encerramento da sessão, impossibilita qualquer menção por parte da imprensa e este colunista acredita que não vai haver mudança no resultado da eleição, pois mesmo que seja acionada a Justiça, Janeiro está na porta e há necessidade da entrada dos novos dirigentes para o biênio 2011/2012.

Os comentários nas rodas de conversas são muitos e as opiniões são divididas. Na somatória dessas conversas, a direção é uma só: Os interesses coletivos estão cercados de dúvidas em relação à formação das alas governista e oposicionista.

Antes da eleição para a Mesa Diretora o bloco da situação era formado por 7 vereadores contra 3 da oposição. Agora, depois de tudo o que aconteceu, pode haver, ou vai haver mudança na constituição dos blocos, pois foram notórias as indignações de vereadores que estavam de um lado e passaram para o outro.

Na disputa das duas chapas o resultado estabeleceu o empate em 5 a 5, mas se forem levadas em considerações as opiniões, a quem diga que o quadro ficou invertido e a situação passou a ter número menor de cadeiras.

Explica-se: - A vereadora Valmicélia Moraes, segundo levantamento feito por este colunista, não passou para o lado da situação, simplesmente apoiou a candidatura de Oscar Ishii e depois do pleito ela volta a fazer parte da oposição.

Em relação a Irmão Marco, Carioca e Edinho que figuravam na ala governista, é quase certo que já fazem parte do outro lado, que é a oposição. Sendo assim, os três se unem a Adalgisio, Antônio Maria e Valmicélia, formando o esquadrão oposicionista que fica fortalecido.

Caso não haja mudanças nos dois blocos, tudo indica que o relacionamento entre os parlamentares vai continuar arranhado e dificilmente alguém terá unanimidade. Em relação à liderança do governo na Câmara, Irmão Marco não deve continuar e Pedro Abraão pode ser a “Bola da Vez”.

Trocando em miúdos: - Quem tinha 3, agora tem 6 e quem tinha 7, ficou com 4. São os cálculos matemáticos que alteram o resultado de uma conta que era fácil de ser montada e agora passa por alterações algébricas.

No jornalismo a regra manda que sejam ouvidos os dois lados, mas quando são encontradas dificuldades na comunicação com um deles fica difícil e como a velocidade da notícia precisa ser passada em frente, o resumo pode ser feito depois.

Essa ressalva está sendo citada, porque o colunista não conseguiu fazer contato com o presidente eleito Oscar Ishii, para saber dele quais suas reações pós-eleição e as providências que vai tomar na preparação do novo quadro no Poder Legislativo a partir de janeiro.

As explicações ficam para a próxima edição da Coluna.

Notícia sobre a possibilidade da ida de Valry Moraes para Brasília, sentar em uma das cadeiras da bancada paraense na Câmara Federal, causou impacto nos corredores da política capanemense e coube ao colunista, prestar informações em absoluta primeira mão. Não houve tempo para espalhar a notícia para todos, mas depois das publicações, o telefone da redação não parou de tocar. Imaginem o telefone do suplente, que pode ser deputado, Valry Moraes.

“Por tanto amor e por tanta emoção a vida me fez assim. Onde vocês estiverem não se esqueçam de mim”. (PV)

Contato com o Colunista: pvartes@yahoo.com.br

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