Crônica da Semana - Assuntos do Cotidiano

          
                                           QUEM NÃO TIVER PECADO...
                                                   Hugo Antônio Ferrari
Foi assim que Jesus disse aos fariseus quando lhe apresentaram uma mulher apanhada em adultério para ser condenada a morte por apredejamento:
“Quem de vós não tiver pecado, que atire logo a primeira pedra!” Todos se retiraram em silêncio, um a um.
Jesus, então, perguntou: Mulher, cadê aqueles que te condenaram? Eu, também, não te condeno! Vai, e de agora em diante, não peques mais.
Naquela época - a prática desse crime -, impunha morte por apedrejamento.
No Irã, a condenação à pena capital de uma jovem acusada de adultério, chamou a atenção do mundo, lembrando a passagem bíblica que aborda o fato no início desta matéria.
O ritual de morte de uma condenada implica em enterrar todo corpo da vítima, ficando apenas a cabeça de fora para receber as pedradas fatais.
Muitos paises pediram clemência, para que a iraniana não seja sacrificada dessa forma brutal e desumana.
Até o Presidente Lula, num gesto humanitário, se propõe recebê-la no Brasil para salvar-lhe a vida.
No mundo atual, não cabe mais essas atrocidades. Precisamos banir da face da Terra as barbaridades praticadas contra o ser humano.
O adultério continua a acontecer, porém, quando praticado pela mulher, ganha maior repercussão.
Quanto ao homem adúltero é visto com mais normalidade, talvez, pelo “machismo” que ainda predomina.
Em certos países - como os Estados Unidos -, esse tipo de crime já tirou de cena alguns políticos. O povo americano não aceita traição no matrimônio.
Já, por outro lado, o adultério entre casais que se permutam corre solto com a maior naturalidade.
Revistas sobre sexo, se encarregam de anunciar aqueles que são amantes dessa prática. Basta apenas acertar o encontro.
Como vimos o adultério já demanda séculos, não surpreendendo mais ninguém.
Em meio a todos esses desafios, podemos perceber, que não será fácil alguém atirar a primeira pedra.
Essa pedra, muitas vezes, poderá se transformar num bumerangue. Tenhamos cuidado, portanto, com a imutável “lei do retorno.”
Nem mesmo um Juiz - por mais íntegro que pareça ser -, jamais conseguirá avaliar alguém com absoluta justiça diante de sua condição humana, sujeito a falhas e imperfeições.
Assim sendo, somente Deus e mais ninguém, tem o inquestionável poder de julgar com retidão.

Colaboração: Hugo Antônio Ferrari - Óbidos-PA

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