Caderno E - Bastidores do Futebol

Edição: Paulo Henrique

Torcedores azulinos se dividem sobre fim do Baenão

Para o torcedor remista, o Estádio Evandro Almeida, o Baenão, representa um marco na história do clube, a verdadeira casa do Leão Azul, palco de vitórias importantes e de grandes conquistas, que depois de dois anos, com a promessa de entrega da Arena do Leão, ficarão apenas na memória dos azulinos.

Integrante da Torcida Organizada Piratas Azulinos, Anderson Luis não acredita num final feliz para o Leão. “Na minha opinião, a venda do Baenão representa a falência do Clube. Um estádio não pode ser vendido assim, é lá que o torcedor vai prestigiar o clube, é lá que os remistas frequentam”, opinou o torcedor que acredita que a medida não vai dar certo e até faz elogios ao maior rival. “Vendem o Baenão hoje, aí amanhã o clube já está cheio de dívidas de novo. O Remo não tem uma boa administração, a diretoria não consegue pagar as dívidas, que só crescem, diferente do Paysandu, que consegue ser mais organizado, sem precisar vender o estádio”, dispara Anderson.

Outro torcedor do Remo, Carlos Betega, nunca esteve de acordo com a venda do estádio do clube. “Desde o começo eu sempre fui contra, mas como isso foi determinado pela justiça, enfim. Não há mais nada que possa ser feito”, lamenta o torcedor, que também não confia na promessa de um novo estádio. “Sinceramente eu não acredito. Só um projeto muito bom para tornar esse sonho realidade, mas para mim, é o fim do Remo” . Carlos também acredita que isso poderia ter sido evitado e ainda culpa o presidente azulino, Amaro Klautau. “A venda não foi evitada porque temos um presidente que sempre quis isso, e que tem autonomia para tal. Os conselheiros também têm culpa porque o elegeram”.

Já Lucas Sampaio, da Torcida Camisa 33, aprova a venda, desde que o acordo seja cumprido e que o Remo saia beneficiado. “A ideia (construção de um novo estádio) é perfeita. Mas é muito fácil idealizar, difícil é realizar. Tivemos péssimas administrações que foram fundamentais para o afundamento do Remo”, opina o torcedor azulino.  (Diário do Pará)

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