CADERNO JC - Link Direto com o Jornal de Capanema
Edição: Paulo Henrique e Cleoson Vilar
Bolsa Família cancela 216 benefícios no Pará
O cancelamento pode ser revertido, desde que as ausências sejam justificadas
No Pará, 216 famílias terminarão as férias sem o auxílio do Programa Bolsa Família, devido às faltas excessivas, por cinco bimestres consecutivos, de seus filhos. O cancelamento foi anunciado ontem pelo governo federal e atingiu principalmente crianças entre 6 e 15 anos, que devem registrar frequência mínima de 85%. Em todo o Brasil, mais de 13 milhões de pessoas recebem mensalmente a assistência.
Segundo o coordenador estadual do Programa Bolsa Família, Rodrigo Benaduce, se comparados com o montante total de cancelamentos no país, que foi de 13.618 benefícios, os números representam uma vitória. “O Pará é o estado com maior índice de acompanhamento de frequência entre os jovens de 16 e 17 anos e ocupa o segundo lugar em relação aos estudantes abaixo dessa faixa etária”, informa. De acordo com o coordenador, o acompanhamento de todos os estudantes não é possível porque, na maioria das vezes, a escola não repassa a assiduidade dos alunos ou o município informa os dados fora do prazo necessário.
Para menores de 15 anos, quando é detectada a baixa frequência, as famílias recebem uma advertência. Se não houver alteração nos números, o benefício é bloqueado e, se a situação permanecer, o repasse é suspenso por 60 dias pela primeira vez. Se o quadro de descumprimento não for alterado, há uma segunda suspensão. Após cinco descumprimentos consecutivos, o benefício é definitivamente cancelado.
Além da frequência, para garantir o benefício o estudante deve estar com a agenda da saúde em dia e manter atualizado o cadastro junto à coordenação do programa.
Os cadastros suspensos, entretanto, ainda podem ser recuperados, esclarece o coordenador estadual. As famílias que perderam o auxílio devem procurar a unidade do Bolsa Família do município e solicitar reversão do cancelamento, apresentando justificativa para a ausência do estudante. O pedido será encaminhado ao Ministério do Desenvolvimento Social, em Brasília, onde uma comissão será responsável por analisar individualmente os casos e deferir ou não as solicitações. (Diário do Pará)
Câncer de pele será o de maior incidência
No tipo mais comum da doença, a projeção é de registro de 22 casos de câncer
Que se expor ao sol e pegar uma cor bronzeada durante o verão é legal todo mundo sabe. Porém, o que muitas pessoas não ficam atentas é que essa exposição pode ocasionar problemas de pele, desde queimaduras até casos mais sérios, como o câncer de pele.
O Instituto Nacional do Câncer (Inca), em estudo divulgado esta semana, estima que o câncer de pele do tipo não melanoma será o mais incidente na população brasileira, com 114 mil novos casos este ano. No sexo masculino, a maior ocorrência é deste tipo da doença, com estimativa de 53 mil novos casos. Já no sexo feminino, o número de casos pode chegar a 60 mil.
No Pará, a projeção do aparecimento do tipo não melanoma da doença é de 22,41 para cada 100 mil homens e de 29,99 para cada 100 mil mulheres. Para o tipo melanoma (tipo de câncer que tem origem nas células produtoras de melanina), a projeção é de 0,79 para cada 100 mil homens e de 0,41 para cada 100 mil mulheres. Segundo Maria Eloísa Soares, médica do serviço de dermatologia do Hospital Ophir Loyola, este tipo de câncer de pele é um dos mais comuns. “Quanto maior o aumento da população, mais comum o aumento de pessoas acometidas pela doença”.
INCIDÊNCIA
Segundo a dermatologista, a maior incidência dos casos costuma acontecer em pessoas
que se expõem desde muito cedo ao sol e também aquelas que trabalham em locais de grande incidência de sol, como os trabalhadores do campo. A doença pode surgir por uma ação cumulativa ao longo dos anos, uma exposição prolongada aos raios solares.
Os primeiros sintomas são descamações da pele ou pequenos eritemas. Depois, isso se transforma em ferida, podendo até sangrar. A dermatologista esclarece que normalmente é nesse estágio que as pessoas
procuram ajuda médica. “O ideal é um diagnóstico precoce, logo que surgem manchas na pele, que podem ser castanhas ou avermelhadas”.
A incidência da doença costuma ocorrer por falta de informação das pessoas ou até mesmo de conscientização. Algumas acreditam que apenas quando estão em praias, por exemplo, precisam se proteger do sol. “O uso do protetor solar deve ser diário, principalmente em pessoas de pele mais clara”.
CUIDADOS COM A PELE NA PRAIA
- Usar boné ou chapéu;
- Se proteger utilizando guarda-sol;
- Usar protetor solar, reaplicando a cada duas horas;
- Evitar se expor ao sol no horário de 9h às 16h.
TIPOS DA DOENÇA
CÂNCER DE PELE DO TIPO MELANOMA
É um tipo de câncer que tem origem nos melanócitos (células produtoras de melanina, substância que determina a cor da pele) e tem predominância em adultos brancos. Embora represente 4% dos tipos de câncer, é considerado o mais grave.
CÂNCER DE PELE DO TIPO NÃO MELANOMA
É o tipo mais frequente da doença, mais comum em adultos, com picos de incidência por volta dos 40 anos. Apesar da maior incidência, apresenta altos índices de cura.
Fonte: Inca/Diário do Pará
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