ESPECIAL COPA DO MUNDO 2010 - Notícias, Fatos e Fotos.

Atualização às 20h40m de Domingo, 13 de junho de 2010.
Edição: Paulo Henrique e Paulo Vasconcellos.

Nova geração da Alemanha encanta e goleia Austrália no jogo de estreia
Brasileiro naturalizado alemão, Cacau faz um gol na melhor atuação de uma seleção nos primeiros dias de Copa: 4 a 0 em Durban

Por Alexandre Alliatti Direto de Durban, África do Sul
Mais jovem, mais ofensiva, mais íntima da bola. É cedo, a Austrália não é lá grande coisa, mas fica no ar a impressão de que surge uma nova Alemanha: tão capaz de ser campeã quanto as anteriores e dona de um futebol bonito que não era visto desde seu último título, em 1990, com Matthäus e Klinsmann. Neste domingo, no estádio Moses Mabhida, em Durban, os tricampeões do mundo golearam os Socceroos por 4 a 0 e mostraram ao planeta o melhor desempenho dos primeiros três dias de Copa do Mundo. Podolski e Klose, ainda no primeiro tempo, abriram o placar, fechado por Müller e pelo brasileiro naturalizado alemão Cacau na etapa final.

O meio-campo encantou. O diferencial da Alemanha esteve no miolo do time, na capacidade de criação de jogadores como Khedira, Müller e, em especial, Özil, garoto de 21 anos do Werder Bremen, grande aposta de futuro gordo em conquistas para o futebol alemão. A Austrália, na contramão do adversário, deu sinais de que não irá longe. Pior: perdeu Cahill, seu principal jogador, na etapa final, expulso.

Com a vitória, os europeus assumiram a liderança do Grupo 4 do Mundial, com os mesmos três pontos de Gana, mas à frente dos africanos no saldo de gols. Os alemães voltam a campo na sexta-feira, em Porto Elizabeth, contra a Sérvia. A Austrália, um dia depois, encara Gana em Rustemburgo.

Grella, da Austrália, puxa a camisa de Schweinsteiger: grossura, só dos Socceroos (Foto: AFP)

Sai a disciplina, entra a criatividade: Alemanha na frente

Lukas Podolski, um tiro de canhota, uma bomba de couro, uma ameaça de morte ao goleiro Schwarzer. Eram oito minutos do primeiro tempo quando a Alemanha pulou na frente. E não foi em um balão para a área, em busca de um grandalhão qualquer para cabecear. Nada disso. Foi uma jogada lapidada com pés de artistas. De Özil para Müller, de Müller para a área, de Podolski para o gol. Sempre com o pé, sempre trabalhado: 1 a 0 para a Alemanha.

Klose e Podolski, autores dos primeiros gols,

comemoram

E não é que a Austrália começou melhor? Em sua terceira Copa, a seleção da Oceania triangulou, tramou jogadas, teve infiltração. Por alguns minutos, tratou a bola como um canguru trata seus filhotes. Azar dos Socceroos que o gol não saiu. Cahill, com quatro minutos, desviou de cabeça. Lahm cortou. Garcia tentou completar, mas sem sucesso.

E aí veio o gol da Alemanha. E tudo mudou. A Austrália até teve outras duas chances de gol, mas desperdiçou ambas. Pagou caro. Klose, depois de perder duas seguidas, fez o que um centroavante é obrigado a fazer: não desperdiçar a terceira. Lahm, ótimo lateral, cruzou com rara precisão. Schwarzer saiu do gol com aquele jeitão de quem pergunta “o que eu tô fazendo aqui?”. E Klose marcou. Chegou antes, desviou de cabeça, fez seu 11º em Copas e passou a ficar apenas quatro atrás de Ronaldo como maior artilheiro dos Mundiais.

Özil, um dos destaques da partida, tenta encobrir o goleiro Schwarzer (Foto: EFE)

A Alemanha tem futebol. Tem bola. Khedira, volante, parece ter a capacidade de multiplicação. Özil, meia de chegada, deve ter prometido, em algum momento, que jamais erraria um passe na vida. Müller pegou uma vaga e uma camisa que eram de Ballack e mostrou que os alemães podem esquecer um pouco o antigo capitão. Surgiu uma Alemanha com estilo brasileiro na Copa: qualidade técnica em vez de força; criatividade no lugar da disciplina quadrada de outros tempos.

Outros gols poderiam ter saído ainda no primeiro tempo. Özil recebeu livre dentro da área, deu um toquezinho por cima do goleiro (lance reservado a quem sabe jogar futebol) e ficou na esperança do gol. Neill cortou quase em cima da linha. Pouco depois, Khedira, o múltiplo, apareceu como centroavante para desviar de cabeça. Quase.

Expulsão de Cahill sepulta a Austrália

Tim Cahill (4) abre os braços para reclamar do

cartão vermelho

Na etapa final, a Austrália voltou um tanto mais disposta. O time adiantou a marcação e conseguiu, por poucos minutos, o domínio territorial do jogo. Tudo foi por terra aos 11 minutos, quando o atacante Cahill fez falta em Schweinsteiger e levou o cartão vermelho direto. Os australianos reclamaram do rigor da arbitragem, mas de nada adiantou.

Com um homem a mais, a Alemanha voltou a voar. E o terceiro gol não demorou muito a acontecer. Aos 23 minutos, Müller avançou pelo meio, limpou a marcação com um come humilhante e bateu rasteiro para fazer 3 a 0.

Parada resolvida, o técnico Joachim Löw passou a mexer na equipe. Klose deu lugar a Cacau, que logo depois de entrar fez o quarto gol da Alemanha, aproveitando um passe de Özil. Muita festa por parte do brasileiro naturalizado, que apontou para o céu quando comemorava o gol que marcou.

Thomas Müller, 20 anos, comemora o terceiro gol da Alemanha (Foto: AFP)

Depois de Klose, foi a vez de Özil, um dos grandes destaques do jogo, ser sacado no time alemão. Mario Gómez entrou para levar o jogo até o fim. Entregue, a Austrália se limitou a gastar o tempo e a evitar que a goleada aumentasse. No fim, o 4 a 0 e festa alemã em Durban.

 
Copa 2010: Eslovênia derrota a Argélia e lidera o Grupo C

A Eslovênia assumiu neste domingo a liderança do Grupo C da Copa do Mundo ao derrotar a Argélia por 1 a 0, no estádio Peter Mokaba, em Polokwane. Koren, após falha do goleiro Chaouchi, fez o gol da partida, que teve muito poucas emoções dentro das quatro linhas.

O único craque presente no Peter Mokaba esteve do lado de fora. Zinedine Zidane, francês descendente de argelinos, assistiu ao jogo das tribunas. O astro viu a seleção africana ficar em situação delicada no grupo, em último lugar, com três pontos. A Eslovênia, lidera, com três, seguida por Inglaterra e Estados Unidos (um ponto), que empataram no sábado por 1 a 1.

Estádio não lota - Dos 41.911 lugares do estádio, apenas 30.325 foram ocupados, em sua maioria por torcedores da Argélia, país que não disputava uma Copa desde 1986. Para a Eslovênia, é o segundo Mundial (jogou também em 2002) e a vitória deste domingo foi a primeira da história do país.

As duas equipes entraram em campo com postura muito cautelosa. Ambas optaram por escalar laterais que não avançavam e congestionaram o meio com cinco atletas cada. No ataque, de fato, apenas um homem: Djebbour, pelos argelinos, e Novakovic, pelos eslovenos.

O primeiro tempo foi equilibrado e de poucas emoções. Lances de perigo, apenas três. A Argélia foi responsável por dois deles, sempre de bola parada. Primeiro, Belhadj bateu falta com perigo e obrigou Handanovic a espalmar para escanteio. Depois, em escanteio batido por Ziani, Halliche apareceu livre na área, mas cabeceou para fora.

A Eslovênia só deu o ar da graça aos 42 minutos. Birsa recebeu bola na intermediária e soltou a bomba de canhota. O goleiro Chaouchi fez boa defesa. No início da etapa final, os dois treinadores mexeram no setor ofensivo. Na Eslovênia, o meia-atacante Dedic deu lugar a Ljubijankic, jogador que normalmente seria titular, mas que está recém-recuperado de lesão. Já na Argélia, Djebbour saiu para a entrada de Ghezzal.

As mexidas, entretanto, pouco adiantaram. O jogo seguiu em seu ritmo lento, embolado pelo meio. Chances de gol? Poucas, ou quase nenhuma. Na base do chuveirinho, a Argélia buscou o atacante Ghezzal, que mostrou pouca habilidade no cabeceio.

Para completar a incompetência técnica na partida, Ghezzal foi expulso 15 minutos depois de entrar em campo. O atacante levou o amarelo por conta de um carrinho logo que pisou o gramado. Depois, foi advertido pela segunda vez por tentar dominar uma bola com o braço.

Com um a mais, a Eslovênia se animou minimamente para buscar o ataque e, com uma ajudinha do goleiro argelino, conseguiu o gol da vitória. Aos 36 minutos, o capitão Koren bateu de fora da área, sem muita força. Chaouchi tentou encaixar e acabou vendo a bola morrer no fundo da rede. Foi o bastante para assegurar os três pontos.

Na segunda rodada, a Eslovênia encara os Estados Unidos, em Joanesburgo, enquanto os argelinos medem forças com a Inglaterra, naCidade do Cabo. As duas partidas acontecem na próxima sexta-feira.

 
Fonte: Globo.com

França e Uruguai se arrastam no 0 a 0

Tirando a tradição, sobrou pouco. França e Uruguai estrearam na Copa da África do Sul nesta sexta-feira, mas esqueceram no vestiário o status de campeões mundiais. O jogo arrastado e repleto de erros no estádio Green Point, na Cidade do Cabo, terminou com o placar que mereceu: 0 a 0. Cercados de desconfiança às vésperas da competição, franceses e uruguaios abriram os trabalhos fazendo muito pouco para mudar a opinião de suas torcidas. Nem Thierry Henry e Loco Abreu, lançados na fogueira do segundo tempo, conseguiram salvar as pátrias.

O técnico francês Raymond Domenech só atendeu aos pedidos da torcida aos 27 minutos do segundo tempo e lançou Thierry Henry. O atacante, no entanto, produziu pouco e não conseguiu tirar o zero do placar. O mesmo valeud para o uruguaio Loco Abreu, que defende o Botafogo. Ele pouco apareceu após substituir Suarez aos 29. O Uruguai ainda teve Lodeiro expulso aos 36, apenas 18 minutos depois de entrar em campo.

A Celeste volta a campo no dia 16, contra a África do Sul, enquanto os Bleus encaram o México no dia seguinte. Sul-africanos e mexicanos também empataram na estreia, mas lideram o grupo A porque cada um fez um gol.

O Green Point, que foi construído especialmente para a Copa do Mundo e engoliu quase R$ 1 bilhão nas obras, só ficou lotado em cima da hora nesta sexta-feira. Entre os 64.100 torcedores, a maioria era de franceses, que encheram os pulmões para cantar o hino.

O jogo - Quando a bola rolou, não houve muito motivo para euforia. O primeiro tempo se arrastou de forma monótona, com raríssimas chances de gol nos dois lados. Vestindo branco, os Bleus tomaram a iniciativa e tiveram a primeira oportunidade com Govou, que completou um cruzamento rasteiro na pequena área, na frente do goleiro Muslera, mas mandou para fora.

A resposta celeste veio com Forlán, que cortou para a direita e bateu forte da entrada da área, em cima de Lloris. Onipresente, o atacante uruguaio voltava para buscar jogo, batia faltas e concentrava todas as ações, mas ainda pecava nos passes perto da área.

O melhor lance da primeira etapa foi uma defesa espetacular de Muslera, que foi buscar no ângulo uma falta cobrada por Gourcuff. Fora isso e dois balões de ar que caíram no campo e estouraram com pisões de Lloris, os únicos momentos notáveis foram os cartões amarelos para os franceses Ribery e Evra, ambos pelo mesmo motivo: puxar um adversário.

Aos 40 minutos, a torcida percebeu que era melhor se divertir sozinha e começou a fazer uma ola. Era mesmo a hora de ir para o intervalo.

Trocas praticamente inúteis - O segundo tempo começou do mesmo jeito, enquanto Henry aquecia de um lado e Loco Abreu, do outro. Até os 17 minutos, nada de relevante aconteceu. Com o estádio em silêncio, Toulalan deu uma entrada dura em Pereira e levou cartão amarelo. Velho conhecido dos brasileiro, o zagueiro Lugano foi tirar satisfações e esquentou o clima.

Diante da monotonia, começaram as trocas. A Celeste lançou Lodeiro no lugar de Gonzalez e Loco Abreu no de Suarez. Mas a torcida vibrou mesmo, como se fosse um gol, quando Henry tirou o agasalho e substituiu Anelka aos 26. Malouda também entrou no lugar de Gourcuff.

Lodeiro só ficou 18 minutos em campo. Foi o suficiente para fazer duas faltas duras, levar um amarelo e um vermelho. Aos 36, encerrou sua estreia na Copa e deixou o campo com as mãos na cabeça, desconsolado.

Um minuto depois, com a França toda no campo de ataque, Henry teve sua primeira chance. O atacante aproveitou a não marcação de um impedimento e cabeceou com perigo para fora. Logo em seguida, ganhou a companhia de Gignac, que substituiu Govou.

Desinteressado no jogo, o Uruguai ainda ganhou tempo com a entrada de Eguren no lugar de Perez. Aos 43, o toque de ironia. Henry, que classificou a França para a Copa usando a mão na jogada do gol contra a Irlanda, reclamou de um toque de mão do uruguaio Victorino. O zagueiro, contudo, estava com o braço junto ao corpo, e o juiz mandou o jogo seguir.

A torcida ainda se animou para dois últimos suspiros. O escanteio cobrado por Malouda foi afastado pela zaga. No último minuto, Diaby sofreu falta na entrada da área. Após Lugano receber um cartão amarelo por retardar a cobrança, Henry foi para a bola, mas Loco Abreu, na barreira, desviou afastando o perigo.

E a estreia dos dois campeões mundiais terminou mesmo com um empate melancólico.

Fonte: Globoesporte.com



Após frangaço, goleiro da Argélia é confortado pelo técnico: 'Não o culpo'

Rabah Saadane diz que Chaouchi pediu desculpas ao time no vestiário

Por Eduardo Peixoto Direto de Polokwane, África do Sul

Depois de Green, Chaouchi. Se na véspera o goleiro inglês foi massacrado pelo frango no empate por 1 a 1 com o Estados Unidos, neste domingo, o argelino Chaouchi viveu situação semelhante no estádio Peter Mokaba. Até os 34 minutos do segundo tempo, ele tinha atuação segura, com duas boas defesas. Mas o chute despretensioso de Korem quicou no gramado, o enganou e garantiu a vitória por 1 a 0 da Eslovênia.

Pronto. O mundo desabou sobre o jogador de 26 anos. O uniforme espalhafatoso, com tons de lilás, e o cabelo amarelo o fizeram um personagem curioso até aquele momento. Só que a falha o transformou no vilão máximo do jogo.

Na entrevista coletiva, o técnico Rabah Saadane sofreu pressão de todos os lados. Um jornalista até quis antecipar a substituição de Chaouchi na partida contra a Inglaterra. O jogo, aliás, colocará frente a frente os grandes frangueiros desde início de Copa do Mundo.

- Eu não o culpo. Erros acontecem e Chaouchi está sujeito a eles. Chaouchi é o nosso melhor goleiro e foi bem no jogo - disse o treinador.

Velocidade da bola

O treinador citou que a mal falada Jabulani atrapalhou não apenas o goleiro, mas toda a partida. Só que não quis culpá-la.

- Tivemos problemas com a velocidade da bola e notamos isso desde o treino da véspera. Ela correu muito e dificultou bastante, mas para a Eslovênia também foi assim. Só que eles arriscaram os chutes de longe... - afirmou o técnico da equipe derrotada.

Segundo relato do comandante, o camisa 1 chegou ao vestiário arrasado e pediu desculpas aos companheiros pela falha. Chaouchi, que atua no Setif, da primeira divisão argelina, passou pela zona mista e não quis falar. Na véspera, ao ser questionado sobre a qualidade do camisa 1, o jornalista argelino Messaoud Alel, do diário “El Khabar”, comentou:

- Ele é bom para jogar na Argélia. Já em outros lugares...

A Argélia está na lanterna do Grupo C, sem ponto, e volta a campo na próxima sexta-feira contra a Inglaterra, na Cidade do Cabo.


Gana vence Sérvia e garante primeira vitória africana na Copa do Mundo

Gyan, de pênalti, faz o gol em Pretória na abertura do grupo D do torneio

Por Rafael Pirrho Direto de Pretória, África do Sul

O jogo era de estreia, mas já tinha a dramaticidade de um 'confronto direto' por vaga nas oitavas de final da Copa do Mundo. Com a sempre favorita Alemanha na mesma chave, Gana e Sérvia sabiam que a vitória neste domingo seria de fundamental importância para dar um passo rumo à próxima fase na África do Sul. E quem levou a melhor foi a seleção africana, que venceu por 1 a 0 no estádio Loftus Versfeld, em Pretória. Gyan, cobrando pênalti aos 38 minutos do segundo tempo, marcou o gol na partida de abertura do grupo D (no vídeo, os melhores momentos).

Os ganeses eram maioria no estádio (o público foi de 38.833 pagantes) e viviam a expectativa da primeira vitória africana no Mundial, que até então nunca havia sido disputado no continente. Os torcedores de Gana viram a equipe ser mais criativa ao longo do jogo, mas só explodiram de alegria quando o confronto já se encaminhava para o fim.

Após o apito final, uma cena emocionante. Os jogadores ganeses deram uma volta no gramado com a bandeira do país. O atleta mais festejado foi o goleiro Kingson, que completava 32 anos. De presente, levou um banho de água ainda em campo.

Pela primeira vez na história, a seleção europeia disputou uma partida de Mundial como nação totalmente independente. Antes, jogou nove edições aliada à extinta Iugoslávia e uma ao lado de Montenegro. A partida marcou um recorde para Dejan Stankovic, que defendeu três países diferentes em Mundiais. Em 1998, ele atuou na Copa como iugoslavo. Em 2006, foi a campo juntamente com os montenegrinos. E, desta vez, apenas como sérvio.

O duelo marcou ainda um encontro inusitado. O treinador Milovan Rajevac, que dirige Gana desde 2008, é sérvio de nascimento e teve de encarar seu país de origem.

A Sérvia volta a campo na próxima sexta-feira para encarar a Alemanha, às 8h30m (de Brasília), em Porto Elizabeth. No dia seguinte, às 11h, Gana enfrenta a Austrália em Rustemburgo.

Primeiro tempo equilibrado

O jogo começou animado. A Sérvia finalizou pela primeira vez logo aos 12 segundos, quando Pantelic viu o goleiro Kingson adiantado e arriscou de longe, para fora (veja o vídeo). A resposta de Gana veio em seguida, com Annan também chutando pela linha de fundo.

Aos três minutos, Gyan cobrou falta com perigo e o goleiro Stojkovic só acompanhou a bola passar por cima da meta. Melhor em campo, apesar os passes errados, o time africano voltou a incomodar aos 14. Asamoah bateu cruzado, da entrada da área, e Zigic cortou.

Usando como principal arma a jogada aérea, apesar da alta estatura da zaga adversária, Gana ameaçou de novo aos 19. Asamoah alçou na área e Mensah tocou de cabeça para fora. Boatemi, aos 23, também cruzou com perigo e Gyan não abriu o placar por pouco.

A Sérvia melhorou na segunda metade da etapa e voltou a atacar aos 26 minutos. Em uma jogada ensaiada, Pantelic apareceu livre pelo lado direito da área, mas não conseguiu dominar a bola e perdeu boa chance. Aos 28, Kolarov cobrou falta com estilo, à esquerda Kingson. Pantelic, em novo ataque sérvio, também errou o alvo, acertando o lado de fora da rede aos 31.

Principal jogador sérvio, Stankovic só apareceu aos 38 minutos. Ele arriscou de fora da área e Kingson, todo enrolado, fez a defesa em dois tempos e deu um susto nos africanos. No último bom lance antes do intervalo, Aywe, filho do ídolo ganês Abedi Pelé, cruzou na área e Tagoe chegou atrasado para finalizar.

Expulsão e gol de pênalti em segundo tempo movimentado

No segundo tempo, o primeiro ataque perigoso foi da Sérvia. Após jogada ensaiada aos quatro minutos, Jovanovic ficou com a bola pelo lado na área, mas chutou de forma bisonha. Novamente apostando em lances aéreos, Gana levou perigo aos oito, quando Ayew apareceu atrás de Vidic e tocou de cabeça para fora.

Mais solto em campo, Ayew avançou pela intermediária e chutou à esquerda do gol de Stojkovic, aos 11. Três minutos depois, Gyan levou a melhor pelo alto e tocou de cabeça, mas a bola acertou a trave (veja o vídeo). O gol de Gana estava amadurecendo.

Porém, os erros de finalização se sucediam, como aconteceu com Tagoe aos 15. Para tentar equilibrar as ações, o técnico sérvio Radomir Antic fez duas alterações, trocando Milijas por Kuzmanovic e Zigic por Lazovic. Enquanto isso, Milovan Rajevac botou Appiah na vaga de Asamoah no time ganês. A situação da Sérvia se complicou aos 29, quando Lukovic foi expulso após acumular o segundo cartão amarelo na partida. Subotic entrou no lugar de Jovanovic para recompor a zaga europeia e segurar a pressão africana.

Entretanto, a equipe sérvia criou boas oportunidades na sequência. Krasic recebeu na área e bateu com estilo aos 33, obrigando Kingson a fazer uma linda defesa. Aos 36, Ivanovic desceu em velocidade e chutou por cima do gol.

Aos 37 minutos, aconteceu o lance crucial. Após cruamento na área, Kuzmanovic colou a mão na bola e o árbitro argentino Hector Baldassi não teve dúvida: pênalti para Gana. Gyan cobrou com categoria, deslocou Stojkovic e abriu o placar do jogo aos 38.

Com um a menos, a Sérvia não teve forças para reagir. Nos minutos finais, Gyan ainda acertou a trave, mas estava impedido. Aí restou a Gana segurar o resultado e garantir a festa dos africanos em Pretória

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