CRÔNICA DA SEMANA - Por Hugo Antonio Ferrari

Edição: Anna Paula Vasconcelos

ÓBIDOS E SEUS TALENTOS
Hugo Antônio Ferrari

A maior riqueza que Óbidos possui e não se esgota, são os seus talentosos filhos que não param de nascer, elevando cada vez mais alto o nome desta Terra que fez e continua a fazer história sob as bênçãos de Senhora Sant’Ana, nossa Excelsa Padroeira.

O obidense já nasceu predestinado a cumprir essa trajetória desde os primórdios, diante da sua identidade nata com a cultura.

Celebridades como José Veríssimo e Inglês de Souza - uns dos fundadores da Academia Brasileira de Letras - onde temos sempre a honra de citar seus nomes que, através deles, englobamos tantos outros talentos que se notabilizam nas diversas áreas culturais.

Já tivemos e continuamos a ter pintores, compositores, músicos, cantores, poetas, escritores, atores, artistas plásticos, bem como profissionais que atuam nas diferentes atividades.

Muitos não freqüentaram nenhuma Academia ou escola de “Belas Artes”. Já nasceram com o selo cultural, daí o grande diferencial.

O Hino oficial de Óbidos, de autoria do saudoso poeta obidense Saladino de Brito - pai do ex-Presidente do Tribunal Superior do Trabalho, Dr. Rider Nogueira de Brito - retrata, com absoluta fidelidade, como de fato esta Terra é.

Falar da nossa exuberante natureza, cujo cenário está representado por essa bela e encantadora Amazônia, nos enche de brio.

O caudaloso Rio Amazonas - o maior do Planeta -, presta sua homenagem a Óbidos, pois é exatamente à sua frente que o mesmo se estreita, ganhando uma extraordinária profundidade, e por onde qualquer embarcação rumo a Belém ou Manaus, obrigatoriamente, tem que passar.

Foi muito feliz o arquiteto Carlos Antônio Barbosa da Silva que, com a única pretensão de homenagear a cidade de Óbidos e o seu povo projetou a “Praça do Estreito”, já em construção, em local privilegiado que aponta exatamente para o “desfiladeiro”, como um dos maiores marcos da geografia amazônica.

Recentemente, sob a liderança do ilustre advogado e conterrâneo Célio Simões de Souza que, ao lado de outros obidenses, fundaram a Academia Artística e Literária de Óbidos (AALO).

Se não fosse por imposição regimental o limite de seus membros, essa Academia seria, sem dúvida, uma das maiores, já que não faltariam talentos para integrá-la.

Admitimos, não ter sido nada fácil à escolha dos seus atuais titulares fundadores.

Por não poder ser diferente, ficaram excluídos muitos obidenses credenciados para o exercício da função, pelo que lamentamos.

A nossa sólida economia foi sempre produzida pelas mãos honradas do próprio povo obidense.

Entretanto, por outro lado, nosso subsolo não foi tão generoso, a exemplo de outros Municípios que desfrutam de grandes somas de recursos oriundos da exploração de suas reservas minerais.

É assim que Óbidos, cognominada de “Cidade Presépio” - por lembrar o local onde Jesus Cristo nasceu - segue orgulhosa a sua trajetória, na certeza de que jamais perderá o seu lugar no contexto desta região, do Pará, e do Brasil.

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ÓBIDOS (PA), 01 ABR 2010
HUGO ANTÔNIO FERRARI

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