Colunas & Colunistas - Opiniões de quem está na Mídia
Edição: Paulo Henrique*
Passo a Passo
Eis mais uma coluna do Carlos Ferreira para que meus diletos leitores façam bom uso do raciocínio deste conceituado jornalista que escreve em O Liberal.(PV)
A falta de pagamentos de FGTS e INSS quase custou ao Paysandu o vínculo federativo de Moisés, que o próprio clube estipulou em R$ 2 milhões. Um advogado já tratava do processo quando o diretor Roger Aguillera foi avisado e às pressas mandou quitar os débitos. Sem o aviso e a providência, ocorridos há um mês, o artilheiro do campeonato estadual já teria sido desvinculado na Justiça Trabalhista. Ouvido pelo colunista, Aguillera confirmou a informação.
O fato serve de alerta. O Papão precisa verificar as contas de FGTS e INSS dos demais jogadores para não ser punido com perda de vínculo e multas, como aconteceu em 2007 quando Rodrigo Felix se desligou do clube e hoje faz carreira internacional, sendo artilheiro no Golfo Pérsico pelo Bahrain Club, do Bahrein. O Remo é recordista. Já perdeu o vínculo de 14 jogadores em 12 anos da Lei Pelé, por atraso de salários, FGTS e INSS.
Justiça ameaça leiloar marcas de Remo e Paysandu
“Recebi uma sugestão para leiloar as marcas de Remo e Paysandu, e estou pensando seriamente em fazer isso, embora não seja a minha vontade”. Foi o que disse a presidente do Tribunal Regional do Trabalho, Francisca Formigosa, em palestra no evento promovido pela Faculdade de Administração do Pará (FAP), na última segunda-feira, sobre as dívidas trabalhistas dos dois clubes. A declaração foi dada depois de críticas contundentes aos dirigentes de Leão e Papão pelo que define como “falta de seriedade” nas relações com o TRT.
Perdendo a marca, os clubes perderiam as atuais e novas receitas de licenciamento, seriam obrigados a pagar a quem arrematá-la para continuar usando-a e teriam muitos outros transtornos. A marca é um patrimônio abstrato que corresponde à alma da instituição.
Valores das dívidas, segundo o TRT
Dados de 29 de janeiro de 2010, do TRT, mostram a dívida trabalhista do Paysandu em R$ 5.289.000,00. Recentemente o presidente do Paysandu deu entrevistas afirmando que reduziu o débito a R$ 1,3 milhão.
A dívida do Remo foi anunciada em R$ 8.193.000,00. Mas desse valor já teriam sido subtraídos R$ 1,2 milhão de uma ação em que o Sindicato dos Jogadores Profissionais do Brasil cobrava direitos de arena e não teve êxito, segundo o presidente Amaro Klautau. A dívida do Leão Azul teria caído para R$ 6,8 milhões. O clube azulino tem esse saldo devedor apesar do pagamento de R$ 5 milhões em 2008 e 2009, na venda da sede campestre.
Sobre a venda do Baenão, que deve resultar na quitação do débito trabalhista do Remo, a presidente Formigosa disse que não recebeu nenhum comunicado oficial do clube. Só sabe o que está saindo na imprensa. Por isso, cogita o leilão da marca do Remo, como também a do Paysandu.
Foi no dia 21 de abril de 1913 que o futebol nasceu no Clube do Remo, com o time entrando em campo pela primeira vez. Empatou em 0 x 0 com o Guarani, que o desafiou para amistoso no feriado. O jogo foi disputado em São Braz , no local da praça Floriano Peixoto. O time remista estreou usando camisas com listras horizontais em azul marinho e branco, tendo a seguinte escalação: Bernardino; Varrelman e Eurico; Dudu, Aimeé e Mamede; Galdino, Mário, Antonico, Adolfo e Rubilar.
O primeiro gol da história quase centenária do futebol remista foi marcado pelo atacante Rubilar, no segundo jogo, em goleada de 4 x 1 sobre o mesmo Guarani do primeiro jogo. Foi no dia 13 de maio de 1913, num jogo comemorativo à abolição da escravatura no Brasil. Essas informações foram levantadas pelo pesquisador Orlando Ruffeil, que está produzindo livro para lançar no dia 21 de abril de 2013, data do centenário do futebol azulino, com toda a renda para o clube.
A três anos do centenário no futebol, o Remo tem tempo suficiente para programar a comemoração que não teve em 2005, quando completou 100 anos da fundação do Grupo do Remo, agremiação de regatas que deu origem ao Clube do Remo na reorganização promovida em 15 de agosto de 1911.
BAIXINHAS
* Bloqueio do patrocínio do Banpará (R$ 60 mil mensais de cada), foi encerrado em dezembro. Desde janeiro a receita está entrando direto para os clubes. Mas a presidente do TRT, Francisca Formigosa, diz que vai convocar os clubes para tratar do assunto e redirecionar a verba ao Projeto Conciliar.
* Por apelo do colunista, a presidência do Tribunal do Trabalho ficou de articular junto às 16 varas um levantamento de valores atualizados das dívidas dos clubes, já que os valores divulgados (R$ 8.193.000,00 do Remo e R$ 5.289.000,00 do Paysandu) são de 29 de janeiro. Estão defasados.
* Força de Patrick na marcação e na chegada ao ataque é o diferencial do Remo na volta ao sistema 4-4-2. Patrick e Gian devem se completar como dupla de armação. O garoto com gás para correr em dobro e o veterano com inteligência para pensar pelos dois.
* Um deve completar o outro também na melhor dupla de volantes que há no Baenão, com Danilo e Otacílio. Um mais pegador e outro mais técnico. O problema da nova escalação, no 4-4-2, está nas costas dos laterais Levy e Marlon, principalmente do displicente Levy.
* CBF tem prazo até 18 de maio para divulgar as tabelas das séries C e D, que começam no dia 18 de julho. Grupos dos paraenses: Paysandu, Águia, São Raimundo, Fortaleza e Rio Branco na C, representante do Pará, Santana/AP, Sampaio Corrêa/MA e JV Lideral/MA na D.
* Jogo Santa Rosa x Cametá, ontem à tarde, foi tão emocionante que o psicanalista quase precisou de cardiologista. Foi a quinta derrota apertada consecutiva do Santa Rosa, que ocupa a “lanterna” na classificação geral com oito pontos.
* Decisão de Roger Aguillera, desistindo da candidatura à presidência do Paysandu, restabelece a harmonia na cartolagem bicolor. O presidente Luis Omar, candidato à reeleição, não “engolia” a projeção de Roger, tido como ameaça à reeleição.
* Coincidência ou não, Bruno Rangel deslanchou a partir do momento em que o Paysandu resolveu trazer sua esposa para Belém. Foram quatro meses de separação do casal.
* Com sete gols no campeonato, cinco a menos que Moisés, o entusiasmado Bruno Rangel já tem o direito de sonhar com a artilharia. * Sesi arrecadando arroz, feijão e leite nas inscrições para a 20ª corrida do dia do trabalho. Atletas devem se inscrever na Federação das Indústrias, na Quintino Bocaiúva, 1588, doando um quilo de alimento. São esperados mais de três mil corredores no evento.
Fonte: O Liberal
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