COLUNAS & COLUNISTAS - OPINIÕES DE QUEM ESTÁ NA MÍDIA
Edição: André Mello
Poucas e Boas
Sempre que destaco notícias aqui no Blog, procuro deixar o leitor por dentro de tudo e as colocações de Carlos Ferreira, estão sempre na ponta da linha com os trocadilhos que ele faz ao se referir às poucas e boas que acontecem no futebol. (PV)
A “fritura” que espera por Papão e Águia
Pela previsão da meteorologia, o calor das 10 horas vai significar para os atletas de Paysandu e Águia uma sensação térmica de 36 graus, com a umidade relativa do ar em torno de 70%. Isso significa muito mais desgaste muscular, maior aceleração do metabolismo e mais sede, provocando desequilíbrio orgânico durante o jogo.
Como explica o fisiologista do Papão, José Carlos Amaral, aos 30 minutos de jogo os atletas com maior esforço já terão sofrido perdas que numa temperatura amena, como em jogos noturnos, só ocorreriam na metade do segundo tempo. Por isso, Amaral propõe ao preparador físico do Águia, Roberto Ramalho, que apóie seu pedido ao árbitro para que haja parada técnica nos dois tempos do jogo para reidratação, caso se confirme o intenso calor previsto pela meteorologia.
A antecipação do jogo, das 16 para 10 horas, domingo, atende interesse financeiro, por mais renda, fugindo da concorrência da televisão com os jogos decisivos do Rio e São Paulo. Nesse aspecto a decisão foi coerente. Mas na inconveniência da temperatura foi uma agressão aos jogadores, submetidos à dupla “fritura” do calor e de eventual condenação em caso de mau desempenho. Se tivessem pensado nisso, talvez os cartolas optassem por condições mais humanas programando o jogo para a noite de segunda-feira, por exemplo.
Cartões amarelos, provocar ou evitar?
Restando três rodadas para o fechamento da fase, quem tem muitos jogadores pendurados nos cartões amarelos deve estar vivendo um dilema: provocar ou evitar o terceiro amarelo para chegar livre à semifinal? O Paysandu tem nove pendurados
(Leandro Camilo, Paulão, Rogério Corrêa, Álvaro, Tácio, Sandro, Alexandre, Fabrício e Didi) e o Águia tem oito (Charles, Aldivan, Analdo, Gleuber, Soares, Wando e Samuel Lopes).
O Papão é terceiro colocado no segundo turno com sete pontos. Com a classificação em risco, não pode se dar ao luxo de poupar jogadores nesta reta decisiva, até porque estará lutando também pela vantagem do empate na semifinal. O Águia já está classificado, mas só pode provocar cartões amarelos se antecipar também a vantagem do empate. Para isso, precisa derrotar o Papão no domingo, em plena Curuzu.
O Remo tem sete pendurados (Marlon, Pedro Paulo, Fabrício Carvalho, Otacílio, Gian, Márcio Nunes e Paulinho) e vive o mesmo dilema.
Venda do Baenão: a hora dos “finalmentes”
A última semana de abril trará os “finalmentes” da venda do Baenão, em reunião de Clube do Remo, Leal Moreira/Agre e Tribunal Regional do Trabalho. A juíza Selene Duarte, que chega de viagem na próxima terça-feira, está designada pelo TRT para tratar do assunto.
Para o martelo ser batido, a empresa compradora terá que pagar R$ 8 milhões para cobertura das dívidas trabalhistas (96 processos) do clube. O pagamento está programado para R$ 1 milhão de entrada e o restante em 23 parcelas mensais, além de garantia bancária para que o Baenão seja liberado da penhora. Outro desembolso da compradora será no próximo dia 24, no valor de R$ 400 mil, referente à primeira parcela do pagamento do terreno comprado em Marituba para a construção da futura Arena do Leão.
Projeto da Arena está mudando
O projeto original da Arena do Leão foi feito para uma área de 200 por 480 metros. Agora está sendo adaptado ao terreno comprado, que tem 160 metros de frente e 1.000 metros de fundos. O arquiteto Herlon Oliveira estuda as possibilidades de manter o projeto em forma de ferradura, retangular ou com os cantos arredondados. A decisão entre essas opções será do Remo, dentro do apertadíssimo orçamento de R$ 18 milhões, que é o grande desafio na obra.
Sendo batido o martelo no final do mês, com a garantia da aquisição do Baenão, a Leal Moreira/Agre inicia a obra da Arena do Leão, devendo entregá-la habilitada para jogos oficiais no final de 2011, mesmo antes da conclusão.
BAIXINHAS
* Não vai frutificar a ideia de Copa Norte para o período da Copa do Mundo. O que nasceu na Assembléia Geral da CBF foi o projeto da Copa Panamazônica, com atrações estrangeiras, provavelmente para 2011. A Federação Paraense ficou incumbida de conduzir o projeto em nome das demais Federações do norte.
* Remo e Paysandu fazem injunções políticas junto às Federações da Bahia e de Pernambuco, com apoio do Futebol Brasil Associados (FBA) para entrar como convidados na Copa Nordeste, programada para começar dia 20 de maio.
* Casos de indisciplina na Curuzu exigem sinal de alerta. Insubordinação do atacante Didi no treino de sexta-feira e atitude semelhante do meia Fabrício ao ser substituído no Re-Pa. Está na hora de os dirigentes entrarem em cena para reforçar a autoridade do técnico Charles Guerreiro. Caso contrário, as consequências podem ser trágicas.
* Por falta de profissionalismo (fez corpo mole enquanto a delegação bicolor esteve em São Paulo), Fabrício está abaixo do condicionamento físico ideal e barrado, em prejuízo do time. William é quem está treinando como armador, ao lado de Thiago Potiguar.
* Alexandre e Zeziel, como substitutos de Tácio e Sandro, completam o novo meio de campo do Papão para o jogo contra o Águia. Mas a principal novidade do time é Edinaldo como substituto de Álvaro, que está contundido. Prova de fogo para o jovem e controvertido lateral.
* Joelho de Pedro Paulo deve ser avaliado hoje no Baenão. A avaliação médica vai dizer se o atleta pode ou não voltar a treinar. Giba previne-se surpreendendo ao treinar Ramon como zagueiro. Mantém o time remista no 3-5-2, mas com peças que permitem variação para 4-4-2 à medida que Ramon subir para volante e Fabrício Carvalho para meia.
* Giba cria alternativa tática porque Velber não tem características para a função de Gian, que trabalha pelo lado esquerdo na marcação e armação. Velber terá missão diferente, jogando mais próximo dos atacantes Landu e Marciano.
* Demolir ou não demolir o Vivaldão? Esse é o debate em Manaus, provocado por entidades que não admitem a implosão do atual estádio estadual e defendem adaptação do projeto do novo estádio para a Copa de 2014. Acima dessa discussão está a dificuldade do governo amazonense no levantamento de verbas para a mega obra.
* Pela segunda Copa consecutiva o presidente da FPF, Antônio Carlos Nunes, será delegado da Fifa. Teve esse privilégio na Alemanha e terá novamente na África do Sul, onde já esteve chefiando a delegação brasileira na Copa das Confederações, ano passado.
FONTE: O Liberal
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