COLUNAS & COLUNISTAS - OPINIÕES DE QUEM ESTÁ NA MÍDIA

 Edição: Celene Vasconcelos

Mais uma
             Aos leitores do Blog, Carlos Ferreira e as suas notícias para que todos fiquem por dentro dos últimos acontecimentos. Bom deleite. (PV).


Arco e flecha, armas do Leão Azul
             Índio foi embora, mas o Remo ficou com o arco (Gian) e a flecha (Landu), juntos pela primeira vez no time azulino. A velocidade de Landu passa a ser acionada pelos lançamentos de Gian, dois xodós da torcida em épocas diferentes, repatriados pelo clube. Pelas características, um é a complementação do outro, da mesma forma que Sandro e Moisés no Paysandu.
             Mais importante que a inédita dupla Gian/Landu é a introdução do sistema 3-5-2 no time remista, depois de uma semana e meia de treinamentos. É como se fosse a reestreia do Leão Azul no campeonato, transformado taticamente e rejuvenescido. A média de idade caiu de 30 para 27 anos, com as substituições de Márcio Nunes (29 anos) por Raul (20), Velber (30) por Jorge Santos (20) e de Índio (30) por Patrick (20).
             A tendência é que o time torne-se mais dinâmico e competitivo, principalmente na marcação, que era a maior deficiência, a ponto de ter tomado 21 gols no campeonato, sendo a segunda defesa mais vazada, atrás apenas do Ananindeua.
 
 Favorito, apesar de imprevisível
              Sem ter sido testado depois da reforma tática, o Remo é favorito no jogo de hoje muito mais pelas limitações do Santa Rosa do que pela expectativa de sua própria evolução. O Leão de Giba tanto pode empolgar como pode decepcionar. Mas a tendência natural é que inicie hoje um processo gradativo de adaptação e crescimento. Ou seja, não deve empolgar nem decepcionar. Ainda deve apresentar deficiências próprias de um time em reestruturação, formando uma nova identidade. 
              O Santa Rosa é o único time do campeonato que ainda não fez gol no Remo e vem de três derrotas consecutivas, mas é definido pelos adversários como “um time chato”, do tipo que mesmo perdendo dá trabalho. Hoje, com a estreia do técnico psicanalista Paulo Guaiamum, até que o time alvi-azul deve se animar e dificultar a vida dos azulinos, mas não a ponto de produzir uma zebra.                       
 
   Parazão entre as exceções nos estaduais
            A média de 5.521 pagantes no primeiro turno do Campeonato Paraense supera as médias dos campeonatos paulista, baiano, gaúcho, paranaense e cearense, todos com clubes na Série A do Campeonato Brasileiro. Alguns de maior sucesso são alavancados por troca de ingressos por notas fiscais. Trata-se do bem sucedido programa de incremento da arrecadação de impostos, que o governo do Pará tanto resiste em implantar.
            Em geral, os campeonatos estaduais são fracasso de público e de renda, inclusive em alguns dos mais importantes como o Paranaense e Cearense, cuja média de público é menos da metade da média paraense, apesar de todas as mazelas do nosso futebol e das transmissões ao vivo em canal aberto. O São Raimundo está acima da média regional, com 16.786 pagantes nos três jogos que disputou em Santarém (5.595 por jogo), favorecido pelo fato de a TV Cultura não ter retransmissora na cidade e o sinal só ser captado por parabólica. 

  Paraenses vão chorar na CBF
            A informação preliminar que o presidente do Paysandu, Luis Omar, diz ter obtido da CBF, indicando que Papão, Águia e São Raimundo ficarão juntos num mesmo grupo da Série C com Rio Branco/AC e Fortaleza já provoca o ensaio de um choro. Haverá pedido à CBF para que os três paraenses não fiquem no mesmo grupo.
           Se o pedido for atendido, haverá choro maior ainda do clube que precisar fazer quatro viagens bancando todos os custos. Ainda não entenderam que a CBF encurta distâncias para reduzir despesas e que não há maiores opções num campeonato de 20 clubes (maioria do nordeste, sul e sudeste) divididos em quatro grupos. 
 
BAIXINHAS
* O Ceará mandar o Paysandu desmentir o anúncio da contratação de Douglas Silva é uma desmoralização para o presidente Luis Omar Pinheiro, que deu entrevistas anunciando uma contratação irreal. O atleta está vinculado ao Ceará até o final de 2011 e sentiu-se prejudicado pelo uso indevido do seu nome. 
* Declaração do advogado Carlos Kayath ao Repórter 70 de que o seu cliente Thiago Belém, maior credor do Remo (R$ 1,4 milhão) jamais foi chamado pelo clube para negociar é negada por André Meira, ex-advogado do Leão Azul.
* Com documentos, Meira diz que Thiago Belém esteve no TRT acompanhado do pai no dia 3 de fevereiro de 2009, às 11h45, quando recusou oferta de R$ 700 mil pela quitação do débito. O ex-jogador levou o Remo à Justiça em 2005, alegando ter sido humilhado no Baenão pelo então diretor de futebol Bolívar Fernandez.  
* Robgol, Oberdan, Vandick (hoje completando 45 anos), Lecheva e Mazinho vão voltar a jogar pelo Paysandu. Resolveram disputar o campeonato de futsal na categoria máster, no segundo semestre. Boas atrações para a competição.  
* Édson Gaúcho em alta no Vila Nova/GO. Com cinco vitórias consecutivas classificou o time para a semifinal do campeonato goiano. Vai enfrentar o Santa Helena, enquanto Goiás e Atlético Goianiense farão a outra semifinal. Zagueiro Altair, ex-Leão e Papão, e o atacante Moré, ex-azulino, são titulares no time de Gaúcho.
* Cristiano Tiririca mudou de camisa no futebol gaúcho. Saiu do Esportivo de Bento Gonçalves para defender o Brasil de Farroupilha na segunda divisão gaúcha. O atacante paraense fez quatro gols no Gauchão. Lateral Ânderson, outro paraense, ex-Remo, tem cinco gols pelo Inter de Santa Maria.
* Internamente, jogadores do Paysandu “chiam” cobrando os R$ 200 mil prometidos como prêmio (R$ 150 mil pelo primeiro turno e 50 mil pela classificação à segunda fase da Copa do Brasil). O curioso é que em 2009 o Papão ofereceu R$ 80 mil pelo título estadual e desta vez resolveu inflacionar, apesar da permanente choradeira por aperto financeiro.
* FAP promove no próximo dia 17 um ciclo de palestras sobre o funcionamento do Projeto Conciliar no TRT, com Remo e Paysandu em foco. Serão ministrantes a presidente do Tribunal, Francisca Formigosa, e os advogados André Meira e Alberto Maia, ex-defensores dos dois clubes nas questões trabalhistas.   
* Futebol com solidariedade. Dependentes químicos em recuperação enfrentando policiais da Delegacia de Entorpecentes, domingo pela manhã, na sede do Centro Nova Vida. Um jogo contra as drogas! 

Fonte: O Liberal

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