CRÔNICA DA SEMANA - Por Paulo Vasconcellos


A Gestão na Saúde em aspectos Públicos e Privados

Comentar assuntos que estendam alto grau de complexidade requer aprofundar conhecimentos técnicos, mas quando se tem um espelho que mostra opções para procurarmos alternativas e soluções, ocasionalmente podemos entrar na lista de avanços que venham coincidir com a formação de estratégias para conclusões positivas e o gerenciamento da saúde aparece como um dos desafios, no que diz respeito a tudo o que for deliberado em favor de resultados.
Sempre que ouvimos falar em gerenciamento de saúde, colocamos o Poder Público frente a frente com as diversas situações, sobretudo quando queremos ver os inúmeros casos resolvidos. Ao nos depararmos com situações deprimentes, onde o lado menos favorecido, que é o povo, não recebe a atenção que deveria receber, nos enchemos de razões e pedimos providências imediatas. Talvez, se moldurássemos os casos de necessidades e prioridades e esses fossem apresentados de forma mais clara aos setores que gerenciam a saúde, certamente as ações resolutivas apareceriam de forma mais imediata.
         Ao acompanhar a calamidade que apresenta a saúde pública no Brasil, parte da população encara isto com o senso de revolta, reagindo apenas com palavras que o vento leva. Entretanto, se a camada mais afetada, que não recebe atendimento digno, reagisse usando meios que pudessem afetar a parte gerenciadora, quem sabe, o Brasil estivesse no topo como o melhor País em desenvolvimento na saúde pública.
         Para solidificar e dar mais consistência ao artigo em lide, recorri ao texto escrito pelo doutor Agnaldo Siqueira Viana, que é diretor da MEDSYSTEM S/V, entidade de classe que avalia os setores de saúde pública, onde destaca a gestão desse setor, através de um raciocínio prático que ajuda a quem pretende ampliar atitudes que se voltem para melhorias no segmento que mais anseia por soluções. Sendo assim, intercalo parte do texto publicado por doutor Agnaldo, que dirige uma entidade que trata a inteligência, através de consultoria em soluções, para subsidiar meu raciocínio: Uma peculiaridade da gestão na área da saúde é que, entradas de dados e tomadas de decisões devem acontecer, em sua maioria, em TEMPO REAL, Ou seja, enquanto os fatos estão se sucedendo. Do contrário, a solução aplicada nesse processo é ineficiente, insuficiente exigindo assim retrabalhos e custos. Assim, tudo o que propomos e desenvolvemos tem como base a especificidade, especialidade, personalização, flexibilidade, versatilidade, adequação e integração. Só assim, a aplicação e operacionalidade de soluções inteligentes na área da saúde é possível”, explica o especialista.
         Para a obtenção de resultados convincentes, a União, os Estados e os Municípios precisam modernizar e aprimorar um novo conceito de gestão na saúde pública, apesar de vermos avanços, mas estes deveriam apresentar maior flexibilidade para que todos os atos se tornassem compatíveis aos interesses da população, principalmente quem precisa usar o Sistema Único de Saúde (SUS). Sendo assim, promover o bem estar e saúde a cada cidadão da comunidade, estabelecem normas que apontam o gerenciamento a quem de direito. Porem, esperar de braços cruzados o que o Governo Federal tem pra oferecer, não é a alternativa correta a ser tomada pelo Estado e muito menos pelo município. Inúmeras vezes se ouve falar de municipalização da saúde e na verdade, essa deveria ser a manobra mais eficiente para dar apoio à população. Todavia, amarrar os zeros em possibilidades que sustentem valores suficientes para serem empregados na saúde, representa compromissos da gestão pública e então, os municípios precisam ter suporte político, caso contrário esses elos serão quebrados e as forças enfraquecidas.
         Na esfera municipal, entendo que para se ter resultados com eficiência, pode-se atrelar força de vontade e compromisso, promovendo a política administrativa envolvida com a saúde da comunidade.  Somadas as precauções com as ações, o gestor municipal cria sua área de abrangência, dividindo em pólos o gerenciamento da saúde, facilitando a acessibilidade para a população, dentro do conceito que se chama política pública. Como orientador dessas ações, surge o Poder Legislativo, composto pelos vereadores que tem autonomias para exercerem as condições de fiscalizadores no acompanhamento da saúde, mas a melhor forma é o envolvimento global, excluindo-se os atos de clientelismo que são prejudiciais em todos os sentidos. Portanto, dar sintonia a gestão pública escolhendo a saúde como núcleo, o equilíbrio passa a ser o meio mais suscetível de que sejam formadas plataformas e a saúde pública receba tratamento diferenciado.
Saúde Pública: Direito do Cidadão

Nenhum comentário