COLUNAS & COLUNISTAS - OPINIÕES DE QUEM ESTÁ NA MÍDIA
Edição: Alex Cunha
Boa Semana
Começo a semana brindando meus leitores com as opinões certeiras de Carlos Ferreira que continua sendo um dos mais lidos, atraves do Jornal O Liberal e aqui no Blog.
Bravura em vão na derrota do Leão
A única virtude do time remista na derrota para o Cametá foi a bravura, traduzida numa correria sem rumo, sem serenidade, diante do adversário que no primeiro tempo foi muito superior taticamente e no segundo tempo conseguiu resistir à pressão e quase aumentou o placar em contra-ataques. O time interiorano mereceu a vitória como prêmio tanto quanto o time azulino mereceu a derrota como castigo.
Giba se iludiu ao achar que fecharia o sistema defensivo com três volantes. Como Velber, o meia de criação, só joga com a bola no pé, não funcionando na marcação, os volantes do Cametá jogaram livres, principalmente Paulo de Tárcio, que deitou e rolou. Ao ganhar facilmente o duelo no meio de campo, o Cametá chegou seis vezes com real perigo ao ataque somente no primeiro tempo, obrigando o goleiro Adriano a difíceis defesas e fazendo o único gol do jogo, através de Torrô, aos 45 minutos. No segundo tempo, o Cametá recuou a marcação para jogar em contra-ataques. Em dois deles quase fez o segundo gol. O Remo passou a jogar no 3-5-2, com Danilo na zaga e Patrick na ala direita. O time cresceu, mas numa pressão desordenada, sempre tentando se impor pela correria.
Até que o Leão teve duas boas chances com Marciano, mas o goleiro Evandro funcionou bem. No mais, muita precipitação e nervosismo, como na expulsão de Velber, por exagerar em reclamações contra a arbitragem.
Um recado direto às “estrelas”
Na entrevista ao coletiva, após o jogo, Giba não poderia ter sido mais direto num recado aos jogadores que se julgam “estrelas” do time remista. Disse ele: “Gente, eu vou começar isso aqui do zero. Não tenho compromisso com ninguém que acha que foi bem no campeonato, no primeiro turno. Quero contundência.” Quando usou a expressão “contundência”, quis dizer capacidade pra resolver os problemas do time.
O Remo terá 10 dias de preparação para o próximo jogo, contra o Santa Rosa, dia 7 de abril. Giba diz que vai reformar o time. E precisa mesmo. Mas também precisa se informar sobre os adversários, para não ser tão surpreendido nos duelos táticos como foi ontem por Vitor Jaime.
Papão: uma atuação que deu pro gasto
Apático, impotente, irritante no primeiro tempo, o Paysandu só conseguiu se impor diante do Santa Rosa na última meia hora de jogo, quando teve Marquinhos no lugar de William e Bruno Rangel no lugar de Didi. As duas substituições deram dinâmica ao meio de campo e contundência ao ataque. O Papão cresceu, se impôs e evitou uma zebra que se desenhava em linhas vivas.
A atuação do time bicolor deu pro gasto, mas apesar da vitória causou preocupações. A apatia na maior parte do jogo foi injustificável depois que sete titulares foram poupados do jogo anterior. O Santa Rosa chegou a ter o domínio do jogo no primeiro tempo, mas sem recursos de penetração. A única finalização perigosa foi um ótimo chute de Elias, de fora da área, para o goleiro Ney mostrar serviço espalmando uma bola que entraria no ângulo superior direito. Se bem que Evandro fez uma defesa melhor ainda, no segundo tempo, em meia bicicleta de Marquinhos, no melhor lance de um jogo que teve mais correria que futebol.
Artilharia: Marciano 9 x 9 Moisés
Moisés tem um jogo a mais que Marciano, mas estará fora do próximo jogo do Papão, contra o Ananindeua, suspenso pelo terceiro cartão amarelo. O empate em 9 x 9 torna empolgante a disputa pela artilharia do campeonato.
O atacante remista sofre as consequências do desabamento do time. Ontem, por exemplo, foi uma das exceções na má atuação do Leão, junto com Adriano, Danilo e Pedro Paulo. O atacante bicolor deixou sua marca contra o Santa Rosa, confirmando a ótima performance no campeonato.
Somando Parazão e Copa do Brasil, Marciano tem 12 gols em 14 jogos e Moisés 10 gols em 15 jogos.
BAIXINHAS
* Acionando como atacante, Patrick saiu-se bem contra o Ananindeua. Como ala direita, foi bem novamente contra o Cametá. Ganhou merecidos elogios de Giba e, pelo que deu para entender, ganhou a vaga de Índio.
* Como se não bastasse mais uma atuação ruim, Índio ainda ficou em maus lençóis depois que Giba soube de suas declarações à imprensa, antes do jogo. Disse que estava com dores no tendão de Aquiles e que jogaria no sacrifício. Em campo correu mancando, sem ter falado nada de suas dores ao técnico. Não foi o primeiro caso de irresponsabilidade do atleta no Baenão.
* Classificado do duelo Palmeiras x Paysandu vai enfrentar o vitorioso de Atlético/PR x Sampaio Corrêa, que também jogam nesta quarta-feira pela Copa do Brasil. Depois de empate em 1 x 1 no Maranhão, o rubro-negro paranaense está muito próximo da vaga.
* Talvez por más influências, por falta de orientação, o garoto Moisés está se arriscando ao comemorar seus gols fazendo o “T” alusivo a uma torcida uniformizada extinta pela Justiça. Não deve saber que os jogadores estão proibidos de tal gesto e que pode ser processado por causa dessa desobediência.
* O Paysandu está mostrando mais uma vez como a má gestão inviabiliza o sucesso do marketing. O programa Sócio Torcedor está caindo em descrédito pela desorganização do acesso ao estádio. Os próprios torcedores denunciam revenda de ingressos do programa por uma quadrilha que está lesando o clube.
* Quarto colocado no segundo turno, o Remo só não está em pior situação porque mantém larga vantagem sobre os concorrentes pela vaga paraense na Série D. São 7 pontos a mais que o Independente, 12 a mais que o Cametá, 14 a mais que o Santa Rosa e 16 a mais que o Ananindeua.
* William acusou o calor pela má estréia em Tucuruí. Sábado acusou o campo encharcado e o desentrosamento para outra atuação ruim. Está devendo a confirmação dos elogios da imprensa catarinense. Flávio Medina, outro reforço recente do Papão, foi discreto mais uma vez.
* Crise do Palmeiras alimenta esperança dos bicolores para a decisão de vaga na Copa do Brasil, embora o Papão tenha que vencer em pleno Parque Antarctica. Pena que além de não poder contar com Álvaro e Thiago Potiguar, o time paraense ainda corra o risco de ficar sem Fabrício, por causa de lesão na panturrilha. * Fim de mês, torcedor com dinheiro curto e duas rodadas com baixíssimas rendas no segundo turno. No caso do jogo Paysandu x Santa Rosa, o agravante da cobrança de R$ 20 pela arquibancada. Uma desinteligência!
Fonte: O Liberal
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