Crônica da Semana - Por Hugo Antônio Ferrari
O titular do Blog começa a expandir ainda mais os registros e recebeu artigo assinado pelo escritor Hugo Antônio Ferrari, morador da cidade de Óbidos-PA, reconhecido por suas publicações em vários sites e no Jornal O Liberal.
Hugo Antônio Ferrari
A humanidade, e, particularmente os brasileiros, estão consternados com a perda inesperada da médica sanitarista Zilda Arns, vitima do recente terremoto ocorrido no Haiti, matando um grande número de pessoas, inclusive, alguns conterrâneos nossos.
Sua viagem àquele país, seria para proferir uma palestra dentro de uma igreja sobre a Pastoral da Criança para a Conferência Nacional dos Religiosos do Caribe, quando o templo desabou. Estava fazendo exatamente o que mais gostava: ajudar a salvar crianças.
Ela que foi fundadora da “Pastoral da Criança” ligada à igreja católica, onde milhares de crianças no Brasil e no exterior já foram e continuam sendo recuperadas da desnutrição através de suas benditas receitas.
Não tenho dúvida que Zilda Arns - irmã do Cardeal-Arcebispo Emérito de São Paulo Dom Paulo Evaristo Arns - era considerada por todos como o “Anjo da Guarda” das nossas crianças, sobretudo, daquelas mais desvalidas que ajudou a salvar, cujo exemplo deixado nos mostrou como o amor é imprescindível quando se deseja fazer o bem ao próximo.
Se alguém morrer preocupado com o futuro das nossas crianças, é algo sublime que jamais poderá ser esquecido. Foi assim que Zilda Arns partiu em paz para a eternidade.
Zilda Arns cumpriu sua missão nesta Terra, na certeza de que seu exemplo será um estímulo em favor de um mundo mais santo diante das atrocidades que presenciamos praticamente todos os dias, onde as crianças são as mais sacrificadas pelos diversos tipos de abusos que sofrem.
A fome, produto da miséria que aflige tantos povos - em especial as crianças -não pode mais ser olhada e tratada com tamanha indiferença.
É preciso combater esse mal pelo qual todos somos responsáveis de uma forma ou de outra.
Zilda Arns provou isso durante o tempo em que esteve à frente desse Programa.
Seu desejo - não somente como médica, mas, também como mãe, era na verdade, salvar vidas inocentes.
A certeza de que o seu legado de vida não desaparecerá, é o conforto que todos teremos.
Lá do céu, para onde esse “Anjo” foi levado, não faltarão suas orações junto a Deus para que as nossas crianças tenham um futuro mais digno e sejam respeitadas nos seus direitos elementares. A preservação da vida é o principal de todos!
Sua magnífica obra, porém, continuará ainda muito mais forte e abençoada através de tantas outras “Zildas” que ela ajudou a criar e deixar como herança entre nós após o seu desaparecimento, a fim de que a missão que ela abraçou se expanda cada vez mais pelo mundo afora em nome da solidariedade.
Por fim, nosso profundo pesar pelas vítimas de mais esse devastador terremoto ocorrido no Haiti, bem como de outras catástrofes que têm abalado o Planeta.
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